É notório o frequente ativismo de minorias organizadas que se autodenominam "movimentos sociais", não só no Brasil, como também em todo o mundo. As bandeiras as quais tais grupos afirmam defender podem parecer legítimas mediante análises afoitas ou ingênuas, porém é preciso levar em conta as ações por eles praticadas e também a essência de suas alianças. Não se pode se deixar ludibriar por meras aparências, deficientes em transparecer o âmago do objeto de observação.
Para se ter uma noção mais ampla a respeito dessas organizações, faz-se indispensável o remetimento a teorias de manipulação sociocultural, mais especificamente ao método soviético de dominação de massas, que é constituído por quatro etapas: desmoralização da cultura anti-revolucionária vigente, difamando figuras de prestígio detentoras de influência que são avessas ao propósito totalitário utópico e incitando a desunião; desestabilização da população, diante da supressão de seus costumes outrora vistos como honrosos, gerando uma subsequente avidez por um paradigma substituto; instigação de revoltas, que por sua vez refletirão a efervescência social causada pelas etapas anteriores; e chegar ao poder, tendo colocado a si mesmo como solução para as mazelas sociais criadas, ou meramente forjadas, pelos próprios agentes revolucionários mediante todo o processo.
Ao se traçar um paralelo entre a referida metamorfose e a atuação dos ditos movimentos sociais, percebe-se o nítido encaixe desta última nas etapas iniciais da primeira. O que há de comum em todos esses aglomerados coordenados de militantes é a racionalidade coletivista, que seleciona arbitrariamente uma única característica do ser humano como sendo a preponderante para determinar seu modo adequado de agir e pensar (tais como cor da pele, preferência sexual, gênero, classe social, etc), passando a ideia de inidoneidade àqueles que destoam da "cartilha" de sua respectiva estirpe e incutindo ódio, segregação e discórdia na sociedade. Esses elementos são plenamente subservientes ao ideário revolucionário e totalitário socialista, que não é encadeado propriamente pelos movimentos, mas sim por líderes políticos autoritários, que usam tais agremiações como massa de manobra em prol da deflagração de seu nefasto projeto de poder. Apesar de os ativistas membros desses organismos não necessariamente conduzirem o projeto tirânico, é possível constatar claramente o alinhamento ideológico deles com a concepção socialista e sua aversão a tudo aquilo que é oposto a esta visão de mundo, principalmente à cultura judaico-cristã ocidental. Como evidências cabais disso, pode-se citar as recorrentes situações em que há, por parte deles, reações diametralmente opostas referentes a um mesmo tipo de ato, ao qual eles, em tese, têm repulsa, praticado por entes diferentes que meramente se distinguem entre si em seus costumes culturais ou convicções políticas. Quando os cristãos simplesmente discordam da prática homossexual, ou mesmo expressam sua opinião a respeito da função da mulher na família, por exemplo, logo são atacados e hostilizados de forma extremamente agressiva pelos movimentos LGBT e feminista, porém, quando os países socialistas (ou autoproclamados socialistas) ou os de cultura islâmica praticam atrocidades com as mulheres e homossexuais, como execuções, tratamento humilhante e cerceamento de direitos naturais ao ser humano, tais movimentos nada fazem. O mesmo ocorre quando uma personalidade de Esquerda e outra de Direita proferem frases tidas habitualmente como abomináveis pelos movimentos sociais: a primeira é ignorada e a segunda é detratada e injuriada, muitas vezes tendo proclamado uma afirmação desprovida de teor ofensivo, que é distorcida.
Além disso, é corriqueiramente propagado, seja de forma direta ou velada, que os reportados movimentos representam o pensamento das coletividades as quais afirmam defender: algo totalmente fora da realidade. Uma pesquisa realizada pelo Ibope no ano de 2014 mostrou que a maioria da população brasileira é contra as principais pautas dos movimentos sociais (casamento gay, legalização das drogas, aborto e manutenção da maioridade penal de 18 anos).
Salienta-se também que há intenso teor vitimista na retórica deles, enaltecendo e corroborando (supostos) estigmas das coletividades que afirmam representar, o que agrava as relações interpessoais destas no meio social. Ao invés de lutar pela liberdade individual, reivindicam benesses e assistencialismo restritos, apenas gerando desigualdade entre os cidadãos, que deveriam ser iguais perante a lei, e passando a ideia de inferioridade e incapacidade para aqueles aos quais se destinam os privilégios requeridos. Se se condena o passado devido ao tratamento desigual perante a lei, por que se quer gerar uma nova desigualdade no presente, tendo em vista que um erro não justifica outro e não se pode alterar a história, nem tampouco com tal atitude nociva? Não há fundamentação para isso.
Os cidadãos devem ser tratados como seres dotados de personalidade diversificada e ter suas liberdades individuais respeitadas independente de suas características periféricas. E para combater a discriminação, faz-se valer a frase de Morgan Freeman, que foi usada num contexto que se refere ao racismo, mas se aplica a todas as outras visões pervertidas afins: "No dia em que pararmos de nos preocupar com consciência negra, amarela ou branca e nos preocuparmos com consciência humana, o racismo desaparece".
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