Abundam evidências insofismáveis de que há um forte ranço totalitário nas instituições educacionais mundo afora, tendo cunho doutrinário e alienatório. Existe um projeto de natureza amoral e despótica que visa à manipulação dos indivíduos na fase da vida em que mais são intelectualmente vulneráveis (infância) mediante técnicas ardis de manipulação psicológica que induzem a práticas e crenças que seriam naturalmente rejeitadas num ambiente livre de tal coerção. Tal conduta repulsiva atesta contra si mesma ao fazer necessária a exploração covarde da inocência do público-alvo para haver aceitação das teses proferidas, denotando explicitamente o teor escuso e nebuloso do conteúdo que se intenta ministrar.
Para ter-se em mente as nuances obscuras do método de manipulação de mentes, é preciso remeter ao pensamento de um dos pensadores que mais influem no mundo contemporâneo: Karl Marx. Em sua obra Manifesto Comunista, Marx explana diversas vezes seus nefastos anseios de aniquilação da cultura de liberdade dos países que adotam economia de mercado, conclamando seus prosélitos a obliterar os corolários da civilização humana sem os quais teria se tornado inviável todo o notável progresso desta.
"Abolição da família! Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas." (Manifesto Comunista); "Dizeis também que destruímos os vínculos mais íntimos, substituindo a educação doméstica pela educação social. (...) Os comunistas não inventaram essa intromissão da sociedade na educação, apenas mudam seu caráter e arrancam a educação à influência da classe dominante." (Manifesto Comunista); "Isso (a centralização de todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado) naturalmente só poderá realizar-se, a princípio, por uma violação despótica do direito de propriedade e das relações de produção burguesas que, do ponto de vista econômico, parecerão insuficientes e insustentáveis, mas que no desenrolar do movimento ultrapassarão a si mesmas e serão indispensáveis para transformar radicalmente todo o sistema de produção."(Manifesto Comunista). Ora, como se pode claramente constatar, o autor coloca como diretrizes para a deflagração do socialismo (visando ao comunismo a posteriori): o sufocamento da educação familiar e doméstica em prol da ênfase na "educação social", que é justamente aquela controlada pelo Estado totalitário, que por sua vez deve incutir os mais vis traços ideológicos do sistema no intelecto dos alunos a fim de torná-los subservientes à manutenção perpétua do autoritarismo absoluto desprovido de qualquer escrúpulo; a supressão da família tradicional, que proporcionou a esplêndida evolução da sociedade, provendo a formação sólida dos elementos que compõem a personalidade dos indivíduos de cada uma das gerações e constituindo suporte precípuo para o crescimento intelectual destes e sua consequente contribuição social (com isso, quer-se escravizar a massa e bitolá-la à mediocridade, mediante a dirimição do fundamento milenar da ascensão pessoal); e também profere o desejo capital de mudar visceralmente o sistema de produção baseado na economia de mercado por meio do ato de extinguir um dos principais direitos fundamentais do ser humano (propriedade privada), objetivando centralizar os instrumentos de produção no Estado. Nota-se que há uma ressalva considerável após exprimir-se o último tópico, que comprova que o despotismo educacional testemunha contra si mesmo ao fazer necessária a coerção intelectual para a aceitação de seu conteúdo: a de que as atitudes que violam os pilares essenciais do sistema em vigor "parecerão insuficientes e insustentáveis" do ponto de vista econômico. Tal colocação remete ao fato impiedoso de que a ausência do apreço social e legal à livre iniciativa -- respaldada pelo binômio nomos-cosmos, que consiste na próspera amálgama entre um corpo jurídico favorável ao pressuposto de resguardo às liberdades individuais e direitos fundamentais dos cidadãos e a ordem econômica espontânea, o livre mercado -- culminaria inexoravelmente no fracasso estrondoso, tendo em vista a total falência, resultante daquela atitude, do mecanismo de incentivo que compele à eficiência, e na abolição dos preços de mercado, que desempenham papel sine qua non ao transmitir informações relevantes aos agentes tomadores de decisão.
Os resquícios da agenda totalitária do marxismo primitivo estão muito mais resilientes do que se pensa. Organizações internacionais de altíssimo poder de influência, tais como Unesco, OCDE, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas, ONU, entre outras, sistematizam de forma latente seus objetivos e procedimentos escusos de manipulação pedagógica, fazendo e incentivando uso do método multidimensional não cognitivo, que consiste em focar no trato com os aspectos subjetivos da personalidade dos alunos, como afeto, ética, civismo, estética, senso crítico e sociabilização, em detrimento do conhecimento cognitivo, objetivo, propagando tópicos cujos verdadeiros significados são nocivos, como: "multiculturalismo", que objetiva relativizar os costumes morais das culturas e, por conseguinte, ocasionar a eliminação dos entraves "reacionários" ao propósito revolucionário peculiares ao Ocidente e à cultura judaico-cristã; transição do valor norteador de concorrência (mercado) para cooperação (socialismo), que, como visto, não se sustenta na prática; direitos humanos, que, na realidade, como é apresentado, significa a vitimização dos marginais, denominados por Marx como lumpemproletariado, classe de elevado potencial revolucionário por ser socialmente excluída, e a justificação de seus delitos perante as supostas injustiças do "capitalismo", estendendo-se para questões relativas à defesa de pseudo-direitos fundamentais, que seriam providos pelo Estado via expropriação de patrimônio dos cidadãos, tais como educação e saúde "gratuitas", assistencialismo, leis trabalhistas, etc, gerando um arranjo deletério que converge ao colapso; "tolerância", que na prática se traduz em hostilidade aos que meramente adotam e proferem absolutos morais; "educação para a paz", como sendo um instrumento avesso ao direito de legítima defesa, ao porte de armas e ao combate eficaz ao terrorismo, incitando afrouxamento da política de imigração; "direitos das crianças", visando delegar uma autonomia ilegítima a estas, objetivando ruptura na estrutura familiar tradicional e o consequente desequilíbrio social; "desenvolvimento da consciência política", que se traduz na disseminação arbitrária de valores espúrios que estejam em conformidade com o projeto atroz de poder dos revolucionários; entre outros.
É preciso urgentemente pôr um basta nesse processo nocivo de subversão social. Deve-se restringir o papel do professor às funções que de fato lhe são legitimamente cabíveis e virtuosas, que se traduzem: na construção de circunstâncias que condicionem os alunos a aprimorar por si mesmos, com o respaldo da família, sua capacidade de formular opiniões e crenças de forma independente e livre de coerção; e na geração de um ambiente saudável e propenso à aquisição do conhecimento cognitivo. Levando em consideração as emergenciais necessidades, é de suma importância a total privatização e descentralização do ensino (por uma série de motivos) e a aprovação do projeto de lei Escola sem Partido, que almeja resguardar o direito dos alunos de não serem doutrinados nas aulas mediante a colocação de um cartaz no ambiente escolar com os seguintes dizeres referentes à incumbência do professor: "I - não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções, ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias; II - não favorecerá nem prejudicará ou constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas; III - não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas; IV - ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito; V - respeitará o direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções; VI - não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de estudantes ou terceiros dentro da sala de aula."
Pessoas que são contra tal iniciativa meramente corroboram a constatação de que há um descalabrado cenário educacional nos dias atuais, ao demonstrar, por si mesmas, a desinformação veiculada por um sistema de ensino totalmente doutrinário e hostil à liberdade de pensamento; ou mesmo são indivíduos mal-intencionados e de caráter sórdido, que possivelmente foram influenciados pela repugnante mentalidade marxista. É bom lembrar que tal ideologia tem total desprezo pela moral, considerando-a um mero obstáculo à sua cobiça totalitária: "A lei, a moral e a religião são para ele (proletário) preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses" (Manifesto Comunista).
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Excelente texto, amigo Diego. Dotado de uma lógica e coerência exemplares.
ResponderExcluirAbracos.
Lucas Grillo
Muito obrigado, Lucas!
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