Fernando Haddad (PT) ocupa a prerrogativa de candidato titular a presidente após a prisão de Lula por corrupção. Enfocando sua publicidade na ligação com o ex-presidente a fim de capitalizar a transferência de seus votos, reafirma o histórico programático discreto, mas fortemente revolucionário do partido, que, tendo tido a oportunidade de governar o país por 14 anos, culminou, entre outros efeitos, na maior crise econômica já registrada nacionalmente.
Após ter sido prefeito de São Paulo e ter perdido a disputa à reeleição em primeiro turno, sustenta uma plataforma voltada para o aprofundamento das atribuições do Estado sobre a vida dos cidadãos, intervindo não apenas na seara econômica, por meio de fomento à suposta indústria nascente e da disponibilização de linhas de crédito para consumo; como também, principalmente, no âmbito cultural. O PT conquistou sua ascensão popular no país com base na ocupação de espaços institucionais por seu grupo político e asseclas, que disseminaram a narrativa marxista e influenciaram consideravelmente a ideologia das gerações seguintes. Tal estratégia foi complementada, ao chegar ao poder, pelo aparelhamento dos três poderes da República, imputando teor cada vez mais revolucionário ao establishment fisiologista.
As políticas defendidas por Haddad vão na direção da consolidação da hegemonia conquistada, por meio tanto da manutenção do ensino doutrinário quanto de um planejamento de subsídio a manifestações culturais que denotam conteúdo subversivo aos valores tradicionais da sociedade. Prega também a instituição de um suposto marco regulatório à mídia, pondo em risco a já combalida liberdade de expressão da qual dispõe o país e podendo sacramentar a onipresença de sua narrativa.
Ademais, em seu programa de governo, propõe a revogação das reformas estruturais realizadas no governo Temer e a implantação de audacioso sistema tributário pautado em expressiva taxação das grandes fortunas. No entanto, esse anseio possui, em certo grau, deteriorada credibilidade, tendo em vista o retrospecto do PT, que tendo feito forte apologia a medidas radicais em favor do socialismo, manteve majoritariamente o modus operandi da política econômica ortodoxa na maior parte do tempo em que esteve à frente da gestão federal; além de ter se notabilizado por alianças espúrias com o alto empresariado nacional, ao conceder privilégios lícitos e ilícitos a este.
O presidenciável representa um repertório voltado à concretização de um projeto de poder cujo objetivo se traduz na perpetuação de seu partido no alto escalão do estamento burocrático, realizando reformas graduais na direção de uma mudança visceral no arcabouço institucional do Brasil. Tendo sido um dos principais entusiastas do chamado "kit gay", que incita reflexões e comportamentos de teor nocivo à integridade psicológica de crianças em plena escola, e do projeto conhecido como "bolsa crack", que incentiva por meio de subsídio financeiro às famílias de dependentes químicos o consumo de substâncias ilícitas e prejudiciais ao ser humano, milita firmemente ao lado de seus pares em prol do propósito revolucionário de deteriorar a estrutura hierárquica da sociedade e perverter suas percepções. A ascensão de tal plataforma traz consequências mais danosas do que aparentam, pois o referido grupo político possui uma sólida rede de influentes correligionários, denominada Foro de São Paulo, cujo cofundador foi Lula, o grande líder da esquerda brasileira.
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Assustador. Se o plano de governo de Bolsonaro dá margem para dúvidas quanto à recuperação da economia (e de outras áreas que também se encontram em crise) do país, neste plano de Haddad temos a certeza do desastre.
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