As falas e a postura públicas de um líder estão constantemente expostas a críticas e julgamento afoitos por parte de pessoas que, pela ausência de vivência em funções de grande responsabilidade, expõem pensamentos de embasamento meramente abstrato. Uma função de comando, sobretudo se ela for abrangente, requer posicionamentos firmes e personalidade consistente, para inspirar confiança nos liderados e obter respeito dos agentes externos. Supostos conselhos e apontamentos no sentido de praticamente anular a individualidade do líder em favor de uma utópica aceitação geral ameaçam a estabilidade da gestão, comprometendo sua autonomia e originalidade, bem como deixando-a vulnerável aos voláteis interesses dos conglomerados negociantes.
Certas estratégias adotadas pelo establishment retratam perfeitamente um cenário de trincheiras políticas, pautadas na destruição reputacional e desarticulação de um inimigo comum: o Presidente da República. Tais serviços vão no sentido de desunir a base governista, com a estigmatização de seus maiores e mais confiáveis conselheiros, seus filhos, e da ala mais intelectual dos ministérios, que dotada de maior instrução e conhecimento filosófico, cumpre a função essencial de bússola ideológica para os líderes do governo, mais concentrados em aspectos pragmáticos, próprios do dia a dia da gestão, em detrimento do arcabouço teórico refinado. Ao mesmo tempo, os críticos preservam a ala positivista, mais militarizada, por se beneficiarem da pretensa abstinência ideológica que tal grupo propõe, desguarnecendo o espectro da Direita na guerra de narrativas enquanto os adversários consolidam sua hegemonia. Ademais, os ataques diários, com indícios de coordenação, ao Chefe do Executivo, são baseados em qualquer que seja a postura deste, seja por esboçar arremedos de barganha com os outros Poderes, ou por se recusar a fazê-lo em pautas consideradas irredutíveis pelo governo. Rigorosamente tudo é pretexto para repercussão midática pejorativa, inclusive os arroubos de sinceridade e o jeito espontâneo do Presidente, que apesar de encontrarem eco em grande parte da população brasileira, por simbolizar sua indignação natural, são usados pelo Sistema como um instrumento comprovadamente fracassado de ataque aos membros do Executivo, tendo em vista que tal expediente, empregado há quase dez anos contra o então deputado Jair Bolsonaro, apenas o ajudou a se eleger, por contrastar a postura moral do establishment com a do povo majoritário.
Sátiras, rispidez e boicote a membros do Sistema, sobretudo da grande imprensa, constituem meros contra-ataques retóricos da vítima aos seus algozes. Nenhuma medida concreta de censura ou repressão às liberdades foi proferida pelo governo, nem mesmo aos seus inimigos mais criminosos, que mentem, escondem atrocidades cometidas por seus pares e desinformam. No entanto, discordâncias programáticas e diálogos são possíveis apenas contra adversários, cujo pressuposto de defesa das liberdades individuais é compartilhado. Contra inimigos, que visam à sua aniquilação e cometem crimes do início ao fim de seu modus operandi, resta apenas uma árdua luta pela sobrevivência.
O establishment, sobretudo a grande maioria dos congressistas, quer um Presidente fraco e manipulável, dividido e descolado de seus pares, para que possa comandar a República, em detrimento da Ordem Constitucional e do interesse do Povo. Investidas perversas são perpetradas contra a preferência popular, como o Orçamento Impositivo, que visa à retirada de grande parte da autonomia do Poder Executivo sobre os recursos da União, e articulações esporádicas pelo Parlamentarismo, que constituiria um acinte contra o sentimento nacional, tendo em vista que os brasileiros já decidiram pelo Presidencialismo em plebiscito, avaliam muito negativamente o Parlamento e em nenhum momento demonstraram indícios de mudança de opinião. Apenas o povo brasileiro ativamente participativo no processo democrático, inclusive indo às ruas, pode preservar sua valorosa vitória eleitoral e seus interesses republicanos.
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