A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça trouxe à tona uma pergunta que já corria nos bastidores da política. Afinal, quem é mais forte: Sergio Moro ou Jair Bolsonaro?
É claro e notório que ambos têm muita força e que juntos eram imbatíveis perante a opinião pública. Também vale dizer que a força que cada um tem completava a do outro, na parceria quase inabalável, pois Moro trazia consigo a marca do combate à corrupção, enquanto Jair Bolsonaro, além de não ser vinculado a esquemas corruptos, traz consigo a marca do conservadorismo e do enfrentamento às pautas de esquerda.
Mas, e agora, com o rompimento das relações entre os dois, quem irá se consolidar como o personagem mais aclamado pela sociedade brasileira?
No primeiro momento, as declarações de Moro caíram como uma bomba no meio político e acarretaram em um desgaste imediato na imagem e na popularidade de Bolsonaro perante o seu eleitorado. Houve e ainda há uma nítida divisão nas opiniões e muitos apoiadores do governo indo para um lado ou para o outro.
Uma apreensão gigantesca acometeu a direita brasileira, que, considerando a reputação de Sergio Moro, não achava possível que o ex-juiz estivesse fazendo jogadinha política.
No entanto, quando veio a fala do presidente sobre o caso, os ânimos começaram a se acalmar e a guerra foi ganhando novos contornos.
Passando alguns dias e o Moro não tendo mostrado nada de relevante, absurdo ou ilegal por parte do Jair Bolsonaro, o jogo começou a se inclinar mais para o lado do presidente.
As movimentações do ex-ministro rumo ao centrão e à esquerda progressista vêm desgastando a até então intocável reputação de Moro.
Hoje, o que podemos perceber é que o presidente recuperou o prestígio com a imensa maioria dos seus apoiadores e que, na maioria dos casos, dentre eles, aqueles que estão do lado do Moro e agora torcem pela queda do governo são as mesmas pessoas que diziam que o Bolsonaro sequer chegaria ao segundo turno. E agora este público passa pano para os direcionamentos de Moro rumo ao centrão.
Se uma coisa posso dizer dos petistas/lulistas/psolistas é que eles ao menos sabem onde estão. Ao contrário daqueles chamados de “isentões”, que orbitam por um discurso anti-extremismo político.
Embora se pareça mais racional a pessoa se colocar como um equilíbrio entre o lulismo e o bolsonarismo, a realidade é que, no final das contas, não existe um ponto entre essas duas correntes. Ora, considerando as inúmeras facções existentes na esquerda, que terminam se locupletando e se retroalimentando, ou você é contra toda a esquerda ou você está do lado dela. Não se trata aqui de um pensamento binário, mas de uma realidade binária. E, como coloquei acima, petistas e bolsonaristas também sabem bem onde estão. Porém, os que ficam posando de isentos não sabem. Assim, fazem o jogo da esquerda sem sequer perceber, pois quando se abre caminho para a ala fabiana/progressista, quem chega ao poder, no final, é a mais marxista, leia-se no Brasil como o lulismo.
Mesmo reconhecendo que ainda é muito cedo para termos certeza de como as coisas vão se desenrolar, podemos perceber que o Moro sai enfraquecido dessa disputa, pois acusou e não provou nada, divulgou prints infantis e ainda ficou como alguém sem ética ao expor uma conversa privada e desprovida de conteúdo criminoso entre ele e uma pessoa até então sua amiga, para, ao final de tudo, não provar absolutamente nada.
As pautas globalistas defendidas por Moro, como o aborto e o desarmamento civil, entre outras, o farão se alinhar cada vez mais ao dito centrão e à esquerda fabiana, que é repleta de políticos corruptos, como Rodrigo Maia e FHC. Assim, toda a sua "biografia", que ele tanto faz por zelar, segundo ele mesmo, será vinculada a pessoas corruptas.
Enfim, no meu modesto entender, o ex-juiz se deu muito mal na sua tentativa de desgastar o governo e a tendência é que sua boa reputação seja declinada. Ele deve se alinhar publicamente àqueles que têm o mesmo ponto de vista em relação ao seu e isso evidenciará, dia após dia, o seu oportunismo político e a sua vaidade exacerbada. Ainda sairá como traidor, pois agiu de forma sorrateira com quem lhe protegeu e lhe deu a mão. Bolsonaro, por sua vez, embora com alguns arranhões a mais, vencerá mais uma batalha e ficará praticamente unânime perante a opinião pública dos brasileiros que querem um país melhor.
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