Recentemente, o diretor executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou que a Suécia, que não adotou o lockdown, é um exemplo a ser seguido caso países não adotem o isolamento social.
O que causa certa inconsistência nas recomendações emitidas e nos alerta para um problema que há muito já deveria ser enxergado: não é possível propor medidas globais a sete bilhões de pessoas, onde há centenas de culturas e realidades que podem estar diametralmente opostas.
O problema da OMS e de todas as instituições que propõem direcionamentos aos mais variados Estados, é justamente a impossibilidade de que se realize o mesmo no Brasil e na Suécia, por exemplo.
Há estados que adiram ao lockdown e possam sobreviver. Há outros em que a morte esteja mais próxima quando se fechem suas portas, do que com elas abertas.
Entrega-se à ingenuidade quem acha que o coronavírus seja questão estritamente médica. Não existe possibilidade de dissociar a sociopolítica de qualquer questão que seja.
A OMS vem dando sinais de inconsistência quanto ao assunto antes mesmo de ser considerado tema de emergência global. Dentre eles, vemos os seguintes pontos, elencados pelo jornalista Diogo Schelp, na Gazeta do Povo:
1.a divulgação de números, tidos como verdadeiros, repassados pelo governo chinês, enquanto sabia que havia ligação a interesses políticos do Partido Comunista Chinês.
2.o silêncio quanto às subnotificações dos números referentes à covid-19 pela China.
3.o elogio à China pela iniciativa do lockdown, enquanto criticava as suspensões de voos entre China e EUA, ordenadas por Trump.
4.A relutância em declarar a pandemia, quando os dados já apontavam para tal.
O problema da OMS, assim como de outras instituições globalistas, se situa não somente em querer dar direcionamentos a diversos Estados singulares, mas também na possibilidade de servir a interesses geopolíticos.
Entender que não é certo absorver quaisquer dados através do pensamento de que existe uma autoridade uníssona mundial é um grande passo para um amadurecimento intelectual razoável.
Acreditar que existem instituições cem por cento independentes de qualquer interesse é ingênuo. Portanto, diante de falhas em sua própria natureza, é imprescindível manter um olhar crítico às instituições mundiais quando o assunto é global.
A "defesa ferrenha da ciência" por determinados grupos pode ser só mais uma armadilha. Não dê tiro no escuro por ninguém: você mesmo pode ser vítima da bala perdida.
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