Ao saber da possibilidade de um médico “outsider” como Italo Marsili poder ocupar o cargo de Ministro, um famoso e grande médico de João Pessoa, reconhecido liberal da cidade, manifestou, do alto de sua orgulhosa pompa (reforçada pelo ludibriante prestígio social de que goza), os seguintes termos em um grupo de debates do qual participo:
“Ah, Esse cara não tem currículo pra assumir esse ministério. Eu deixaria o general. O gabinete de crise faz a assessoria. Pode até colocar o rapaz no gabinete”.
Eis que dessas palavras sobe delicadamente, esfumaçado, o característico veneno do “intelectual” tipo padrão brasileiro. Reduzir a importância (o tamanho) de alguém é uma maneira sofisticada de depreciá-lo.
Uma mente utilitarista e refém das impressões do mundo, como é a deste médico paraibano, é incapaz de perceber a chama eterna que comove os homens bons e os faz capazes, imagens de Deus.
Um conteúdo humano (e a capacidade funcional que dele decorre) não se reduz e jamais pode estar encerrado nos títulos e papéis sociais. Estes só podem considerar-se legítimos signos da competência humana na medida em que refletirem a infinita luz de beleza e o honrado vigor em cada realização funcional (profissional) a que se referem.
O currículo (ou qualquer título formal de reconhecimento público) constitui um emblema de qualidade. E a qualidade do homem apto é sua capacidade vocacional, o seu profundo compromisso de realizar nas ações materiais, formais ou informais, o sentido da vida.
São a firmeza moral e a aptidão intelectual que determinam a competência humana.
O quesito técnico é apenas um detalhe secundário desse conjunto de requisitos, que o habilita a ajustar os pormenores práticos derivados do alto conceito moral que defende, a fim de que a resolução tomada fique devidamente amarrada. Mas essa resolução, como em tudo no mundo material, é passageira, e é o conceito moral e intelectual que acaba permanecendo como princípio maior para orientar e resolver inúmeros outros problemas (técnicos, práticos e formais) de ordem semelhante no convívio político.
A boa imagem é essencial para valorizar bem esse profissional real e raiz. E a imagem desse profissional deve ser nobre, representada por trajes elegantes, recheada de palavras do coração (palavrões) e esfumaçada (essa fumaça pode!) por um charuto viril; isto é, naturalmente compatível com sua natureza de herói, que por meio do sacrifício radical é capaz de morrer para defender a Verdade fundadora da civilização e assim cumprir com altivez o devido dever.
Não (jamais!) uma boa aparência, extremamente necessária para valorizar o que está dentro, pode ser confundida com a imagem artificial do cidadão de vidro, o homem moderno, frígido, engomadinho, infértil, aos moldes do ex-ministro Mandetta.
E o dever a ser cumprido não só neste, mas em todos os momentos pelo novo Ministro da Saúde é o de salvaguardar nosso futuro lutando com a alma inflamada de caridade pela liberdade espiritual e política dos indivíduos; por esta liberdade que é fonte efervescente de saúde espiritual e física de todas as nações e de todas as raças — singular e generosamente concedida a cada um de nós pela soberana liberalidade de Deus.
Italo tem todos os requisitos para o cargo e mais um pouco, tem o poder extraordinário que o torna um líder político perfeitamente adequado ao cargo de Ministro (cargo político por natureza). Possui uma cosmovisão transcendente, que infundiria permanente solidez nas decisões de impacto sobre a saúde (espiritual e física) de nossa sofrida população; comunicação talhada pela verdade, para afirmar os interesses do povo brasileiro e protegê-lo contra as palavras ardilosas da mídia demoníaca; conhecimento geopolítico, para alinhar política, saúde e economia e ajudar a garantir a soberania da nação; conhecimento técnico-científico de anos acumulados na medicina psiquiátrica; acesso aos militares e conhecimento administrativo para desvendar os “lobbys” dos laboratórios e os canais de corrupção do sistema de saúde; e uma imagem forte e espontânea que quebra a prisão mental que a ditadura do politicamente correto impõe no debate público.
O caso desse médico pessoense, incomodado no seu íntimo, por ver alguém realmente competente como Italo Marsili obtendo sucesso, prova aquela máxima que Olavo nos recorda, de que “no Brasil o homem com influência é o homem fracassado, que rende homenagens e transfere poder a alguém ainda mais fracassado que ele próprio, só pra não ter que ver a ascensão do homem talentoso e se sentir inferior a este”.
Mas o Brasil real, do povão inteligente, já consegue perceber esse teatro.
Não somos mais a nação “balde de caranguejo”, em que os caranguejos que estão chegando ao topo são puxados pelos caranguejos de baixo. O culto à ignorância, o país do recalque intelectual e o elitista machadiano ficaram pra trás.
Estamos resgatando nossas raízes civilizacionais. Italo Marsili prova que o Brasil reconhece e premia os talentos.
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