Talvez você ache que a pandemia é um péssimo momento para falarmos no direito às armas, mas, a verdade é que não existe momento mais propício do que o contexto no qual estamos inseridos hoje. Diante dos desmandos de prefeitos e governadores, de medidas ditatoriais de isolamento e da supressão dos mais básicos direitos individuais dos cidadãos, como o de ir e vir, o tema torna-se fundamental.
A verdade é que as armas são muito mais do que um instrumento de defesa contra ladrões, invasores de propriedade ou estupradores em potencial. Apesar de serem muito úteis nessas situações, armas são mais do que isso, são instrumentos de defesa contra a tirania do Estado. Justamente por isso, é tão importante para a grande maioria da classe política impedir o acesso da população às armas de fogo, afinal, um povo armado não será submetido a uma ditadura ou permitirá o tolhimento de sua liberdade, já que possui meios para lutar por seus direitos. Já um povo desarmado dificilmente terá como resistir às tiranias de autoridades governamentais.
Tomemos a situação de nossos vizinhos venezuelanos como exemplo. Totalmente desarmados, nada puderam fazer contra a instalação de um regime autoritário e genocida, implantado com a ajuda de militares fiéis a Maduro, e que hoje os assola de forma devastadora. Por outro lado, o exemplo americano muito tem a nos ensinar. Ainda neste ano, na Virgínia (EUA), milhares de cidadãos foram às ruas, portando pistolas e fuzis, defender o seu direito ao armamento, fazendo com que o governo rapidamente baixasse o tom e abandonasse as restrições que almejava impor.
Voltando à pandemia, presenciamos hoje bárbaras restrições a nossas liberdades individuais, que deveriam ser garantidas pela Carta Magna. Já não temos direito a locomoção, não podemos exercer nossos trabalhos, estamos impedidos de prestar culto em nossas igrejas, de modo que qualquer desses atos pode resultar em prisão ou multa. Frente a isso, seguimos passivos e subservientes, apenas aceitando que essas medidas absurdas sejam impostas, enquanto o povo é empurrado para a fome, o desemprego e o fim da pouca liberdade que ainda possuía.
Seguimos passivos porque não usufruímos de meios de defesa contra a ditadura que avança sobre nós. Diferentemente dos americanos, enfrentamos desarmados a polícia (cujos soldados muitas vezes, por medo de perder o emprego, obedecem fielmente às ordens recebidas), os prefeitos, os governadores, a grande máquina estatal que nos engole a cada dia. Lutar contra o despotismo sem armas de fogo é quase impossível, e apenas um povo que entende o valor da liberdade e quanto sangue já foi derramado para adquiri-la (como os americanos) entende isso perfeitamente.
Em tempos de tirania, as palavras de George Washington, ditas há tantos anos, ainda ecoam como a mais absoluta verdade: "Um povo livre não só deve ser armado e disciplinado, mas devem ter armas e munições suficientes para manter um estado de independência de qualquer um que possa tentar abusar deles, o que inclui seu próprio governo.".
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