Vez por outra, a sociedade contemporânea é surpreendida com o surgimento de grupos revolucionários formados por jovens, em sua grande maioria, filhinhos de papai e sempre pertencentes ao lumpemproletariado: drogados, bandidos, vagabundos, etc....
Nem de longe é um fenômeno espontâneo, criado por estes mesmos jovens que fazem coro a essas “bandeiras”. Há sempre as mãos ocultas de pessoas mais velhas, treinadas e apadrinhadas por instituições globalistas, como, por exemplo, a Open Society.
Neste artigo, vamos nos delimitar aos grupos que agem com militância de rua, como os Black blocs e os Antifas, excluindo-se assim, por exemplo, grupos denominados ecoterroristas ou de hackers.
Começando pelos Black blocs, que tiveram destaque no Brasil durante as manifestações de junho de 2013, as quais foram promovidas pela própria esquerda brasileira, mas que, no final, a direita tomou conta. Isso porque a população de bem, que estava revoltada com a situação vivida pelo país naquele momento, foi às ruas não para defender uma revolução comunista bolivariana, mas sim para protestar contra os governantes, e estes eram todos de esquerda.
Então os mascarados daquela época agiram para implantar o caos, por meio de violência e vandalismo. Não conseguiram transformar aquela convulsão social em revolução, mas conseguiram, sim, afugentar a população ordeira que visava a um país melhor. Na tentativa de revolução esquerdista o tiro saiu pela culatra, pois fez a direita brasileira crescer; mas os mascarados conseguiram assustar os manifestantes de bem e assim esfriaram a revolta popular que se dirigia cada vez mais a Dilma Roussef.
Logo depois, os Black blocs perderam a força (e a serventia revolucionária) e caíram no esquecimento, na sarjeta de onde vieram.
Agora os mascarados da vez são os Antifas, e aqui não podemos confundir os antifas do século passado com os do presente: primeiro porque os primeiros antifas eram comunistas cientes de que lutavam contra a expansão de um outro movimento revolucionário, o fascismo; segundo porque não existem governos ou movimentos fascistas onde há movimentações antifas no momento. O que há de igual entre os primeiros e os atuais antifas são a intolerância a pensamentos diferentes, o terrorismo, a violência e a própria nomenclatura.
O combate ao fascismo é justo sim, mas quando este existe e quando também são combatidas outras correntes ideológicas autoritárias e genocidas. Quando alguém, por exemplo, combate o fascismo e/ou o nazismo, mas não combate o comunismo/socialismo, está apregoando que só comunistas e socialistas podem impor tiranias e matar multidões, coisas que nenhum governo ou corrente ideológica deveriam fazer ou simplesmente pregar.
A atuação dos antifas no Brasil visa não somente protestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, mas também, e principalmente, impedir, por meio do enfrentamento físico, que aqueles que apoiam o governo federal possam ir às ruas em apoio ao presidente. É fundamental lembrarmos aqui que o apoio popular a Jair Bolsonaro tem sido a sua principal base de sustentação e que esse apoio está sendo verificado nas manifestações de rua em defesa do governo federal.
Os dois grupos ora abordados têm viés revolucionário, são violentos, antidemocráticos e compostos por marginais que se autointitulam como democráticos e defensores da paz social e da própria humanidade, ou seja, típicos agentes da falácia de “mundo melhor”.
Mas quais são as diferenças entre ambos que fazem um ser mais perigoso do que o outro?
Bem, os mascarados de 2013 não conseguiram nem mesmo arrebanhar todos os grupelhos da esquerda, muito porque os demais grupos não podiam abrir mão das suas respectivas identidades para juntos formar um grupo único que lutasse contra um inimigo comum. E daí, já se percebe uma diferença entre Black blocs e Antifas: ao contrário dos Black blocs que agiam contra uma generalidade de abstrações, os Antifas têm, ainda que imaginariamente, um inimigo definido, o fascismo. E este fato por si só é capaz de agregar não só diversas facções de esquerda propriamente ditas, mas também marginais de outros guetos sociais, a exemplo de membros de torcidas organizadas de clubes de futebol. Muito embora o fascismo nada mais seja do que uma subdivisão do movimento revolucionário, portanto também de esquerda, a narrativa antifascista consegue agregar o restante da própria esquerda contra este “filho bastardo” dela mesma.
Outra diferença fundamental e perigosa se dá no fato de que as movimentações dos antifas estão acontecendo em diversos países e com ampla cobertura e apoio explícito da grande mídia, o que gera um modismo considerável, que gera, por sua vez, uma potencialidade muito grande de adesão de “isentões” e de toda sorte de babacas de plantão. Os Black blocs de 2013 atuavam, pelo menos com alguma relevância, apenas no Brasil.
Também podemos destacar que em 2013 os mascarados da vez tinham o que perder: embora não se declarassem como tal, eles eram governo. Já os de agora não têm o que perder: são oposição a governos amplamente populares e, com isso, não têm grandes expectativas de retomar o poder nem tão cedo por vias democráticas, restando-lhes apenas o convulsionamento social, na tentativa de fazer com que, de alguma maneira, essa tática seja capaz de levá-los o poder, com a derrubada seja de Jair Bolsonaro, aqui no Brasil, seja de Donald Trump, lá nos Estados Unidos.
Resumindo:
1. A existência de um inimigo definido – ainda que imaginário, fruto de uma narrativa completamente desconexa com a realidade, a suposta ameaça fascista –, que traz maior capacidade de arregimentar adesões e de uma busca clara de objetivos;
2. A atuação simultânea e com destaque na grande mídia em diversos países, que gera um modismo fundamental para conquistar aqueles sem uma razão existencial consistente;
3. O fato de estarem na oposição aos governos dos países em que vêm atuando.
São essas as três mais relevantes diferenças entre Black blocs de 2013 e Antifas atuais, diferenças estas que garantem aos mascarados atuais uma periculosidade maior em comparação aos de junho de 2013.
Por fim, devemos lembrar que a esquerda ultimamente amarga uma derrota atrás de outra, com isso é fácil prever que essa jogada de agora, a nova roupagem do movimento Antifa, não alcançará os seus objetivos, ganharão o repúdio da sociedade produtiva e tão logo, assim como os Black blocs de 2013, perderão força, consequentemente, perderão os seus membros e serão finalmente esquecidos, para o bem de todos e felicidade geral das nações.
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