A nova vítima do cancelamento foi Leandro Narloch. O jornalista da CNN foi demitido após realizar comentários sobre a doação de sangue por homossexuais (ou pela comunidade LGBT). Leandro, em sua fala, citou alguns referenciais que apontavam para o maior risco que gays têm na contração de HIV. Além disso, Narloch usou a terminologia “opção” em vez de “orientação” quando se referiu à sexualidade.
O que nos parece errado é que uma emissora rescinda o contrato de um jornalista por coisas que não parecem ter a relevância alegada. De fato, há pesquisas que demonstram o contrário do que o jornalista apresentou. O que talvez devesse ser apresentado posteriormente.
Quanto à terminologia referente à orientação sexual, o “cancelamento” de pessoas a partir de besteiras como essa reflete um patrulhamento exacerbado, uma militância histérica e muitas vezes ditatorial.
Isso nos leva à conclusão de que a liberdade está ameaçada nesses últimos tempos. O fato de ter que pisar em ovos para agradar superficialmente um grupo é característica totalitária.
Se Leandro cometeu algum deslize, existiriam outras medidas a ser tomadas, que não a demissão. Há pouco tempo, o jornalista Luis Lacombe foi demitido da Band por levar convidados conservadores.
Essas atitudes são inadmissíveis num país democrático e livre. É daí que se extrai a importância da liberdade de imprensa, pois todos merecem voz e respeito. E muito além: devem ser independentes, sem comprometimento com partidos políticos, internos ou externos.
Se a cultura do cancelamento hoje tira um jornalista sem alinhamento a certa pauta, amanhã pode tirar outro, totalmente oposto. Pois essa “ditadura” serve a todos os lados, menos ao lado da liberdade. É nesta última, entretanto, que devemos nos apoiar. Ser livre significa falar de x, mas poder falar de y. Imagine uma emissora demitir gays por não concordarem com certas falas? Ou simplesmente por serem gays? Quem defende o banimento de pessoas por opinião também deve ter a honestidade de admitir que jamais defendeu a democracia e, sim, a supremacia de um pensamento ou grupo. E não foi o que os maiores líderes totalitários fizeram no mundo?
A cultura do cancelamento é asquerosa.
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