A discussão política ou da organização da comunidade, não confunda com partidarismo, é fundamental para a sua felicidade, pelo simples fato de que é por meio dela que gestores e legisladores influenciarão diretamente e indiretamente em sua vida, inclusive no seu dinheiro. Quando um indivíduo de bem que defende os direitos fundamentais, como liberdade, propriedade privada, livre iniciativa e vida se abstém desse debate é a sentença de morte gradual da comunidade por meio de gestores, legisladores e magistrados tirânicos e despóticos que lutam contra o Estado de direito. Uma sociedade organizada dominante com ativismo político de pessoas comuns é a peça principal para o reequilíbrio de forças e estabelecimento do Estado de direito em países com sistemas de governo oligárquicos e populistas como o Brasil.
Para a cabeça de muitas pessoas é complicado diferenciar política e partidarismo, principalmente no Brasil, país enfadado nas amarras da corrupção e de indivíduos que entram na vida pública como meio de sustento, sedentos por privilégios e praticando o establishment com seus pares, sugando e retirando todas as oportunidades de um povo ter uma vida melhor.
Entretanto o envolvimento na política é um dos pilares essenciais para conquistar esse bem soberano de uma vida melhor, como bem disse Aristóteles (350 a.C.) ao descrever as 4 causas de uma comunidade. São elas a causa material, formal, eficiente e final. Na causa material deve ter as casas, prédios, praças, vias públicas, cidades, estados e tudo que corresponde a uma infraestrutura de uma cidade, depois temos a causa formal em que a sociedade deve ordenar suas relações entre suas partes por meio de uma carta magna, ou seja, uma constituição, com um ideal de eunomia, palavra grega que significa “boa ordem”, “governar por meio das leis”. Na causa eficiente seriam os indivíduos de uma comunidade que iriam elaborar a causa material e a formal, para Aristóteles o “motor” da cidade com uma vida própria, como se fosse um organismo vivo. E a causa final seria o porquê, a finalidade de tudo isso, que é alcançar o bem soberano, ou seja, a felicidade da cidade é a causa final.
Se o Brasil, por exemplo, fosse um país que defendesse o bem soberano, jamais teria na constituição de 1988 a possibilidade de violação de propriedade privada, como está no ART.5/XXIV:
“A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição...”.
Responda-me, caro leitor, com sua consciência, que país decente e feliz pode prosperar com tal prerrogativa, em que sua casa, terreno, estabelecimento comercial ou tutti quanti pode ser violado, ao prazer de uma decisão burocrática e governamental decidindo as “necessidades” ou “interesses sociais”?
A constituição brasileira de 1988 está pautada em um festival de privilégios com 76 palavras “direito” contra 4 palavras “dever”, abrindo uma prerrogativa para que o Estado seja o garantidor de tudo isso. Quem paga essa conta é o povo, com mais impostos, para que o Estado possa cumprir todas essas obrigações, agindo com uma espécie de paternalismo e, diga-se de passagem, com muita ineficiência em relação à iniciativa privada em várias questões.
Por isso saltamos de 12% de tributação do PIB, no período da constituição de 1824, para uma tributação de quase 40% de nosso PIB, no período em que vivemos, sem contar com as altas tributações para empreender e interesses escusos de oligarcas, em simbiose com alguns políticos, que querem continuar no controle do mercado, ceifando as possibilidades e oportunidades de ascensão social da maioria dos pequenos e microempreendedores. Diga-me, nobre leitor, qual país feliz e decente podemos ter, onde um bandido é solto pelo ativismo judicial de um magistrado progressista/comunista e logo em seguida efetua um latrocínio contra um pai de família, cujo Estado “protetor” ainda retirou seu direito de autodefesa de portar uma arma.
No quesito liberdade de expressão, recentemente, temos no Brasil o inquérito inconstitucional 4781, no qual um ministro do STF quer investigar indivíduos por uma lei inexistente, ainda, das Fake News, através de um sistema inquisitório, no qual ele tem a função de acusar, defender e julgar ao mesmo tempo, enquanto tentam aprovar no Congresso Nacional, às pressas, uma lei das Fake News, de nº 2630, tolhendo de vez o direito de liberdade de expressão do brasileiro. Esses são apenas uns exemplos da destruição dos princípios das liberdades fundamentais no Brasil, que influenciam na felicidade de um povo em uma comunidade.
Infelizmente o povo brasileiro ainda está escravizado nas amarras de oligarquias políticas e econômicas que vivem em uma perfeita simbiose para não largar de seus privilégios, sugando cada dia o sangue do trabalhador e desinformando o povo através da grande mídia globalista/progressista mainstream. Porém uma sociedade organizada e forte com o ativismo político, que vem crescendo desde 2016, até se tornar dominante, com o uso das novas mídias, financiando projetos, comprando e lendo literatura de autores de direita, sobretudo de autores brasileiros, para se informar e disseminar a verdade ou o desejo de busca da verdade ao povo, é a peça fundamental para retirar maus políticos e colocar pessoas comuns, dispostas a executar reformas que o país necessita, como a administrativa, reduzindo a máquina política e burocrática, e a reforma tributária, reduzindo os impostos, defendendo o livre comércio, sobretudo para indivíduos da classe baixa e média conquistarem ascensão social, descentralizando e equilibrando os recursos e poderes, com pesos e contrapesos, tornando-os, de fato harmônicos e estabelecendo um Estado de direito.
Vale lembrar que todas as propostas relatadas anteriormente de nada valerão se não for transformada a constituição brasileira, em uma que defenda os direitos fundamentais de base e os torne invioláveis, para quando um representante de esquerda chegar ao poder, não conseguir implantar tiranias e jogar fora todo o trabalho feito.
É certo que em uma população de uma comunidade, cada um tem seu ofício, seja médico, escritor, advogado, comerciante, funcionário público, porém, independente do seu ofício, é sine qua non o envolvimento dos indivíduos de bem da sociedade comum e organizada na política para o desenvolvimento de um ente federativo, sabendo organizar as prioridades e o tempo para executar tais demandas. Afinal, cada indivíduo de bem, defensor dos direitos fundamentais, que foge desse compromisso aumenta a possibilidade de um déspota ávido por poder ocupar esse espaço.
É fundamental, também, entender e ter bem definidos os valores de quem tu és, caro leito, e o que tu queres, qual barco você defende e para onde ele vai, e isso não se trata de agentes políticos, mas sim da essência do teu ser. Os valores conservadores, a grosso modo, são a defesa da vida, da família, da livre iniciativa, da propriedade privada, da liberdade e do Estado democrático de direito.
Que o amor a Deus, à pátria, e à família esteja presente no coração de cada um de vós que aqui se encontra. Não se conformem com os padrões deste mundo, obedeçam e peçam sempre a Deus, com muita humildade, por sabedoria e que a vontade dEle seja estabelecida aqui na terra.
Clique aqui para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.