Enquanto a ética das virtudes está pautada na intencionalidade, na felicidade, na moral, no bem aos outros, ao servir, as outras são sempre reduzidas à riqueza, boa fama e ao prazer, que trará uma vida vazia, supérflua e inútil.
As virtudes se opõem ao vício. Quando iremos fazer algo inclinados numa intencionalidade que busca primeiramente o servir ou ajudar alguém, ali encontramos o sentido mais profundo da vida, temos mais energia, maior disposição, para fazer esse algo com maior excelência, não obstante, se estamos deveras imersos e estimulados em uma atividade voltada intencionalmente como prioridade, por exemplo, apenas para um retorno financeiro, um dia se tornará algo chato e cansativo. Claro que não estou falando aqui que não devemos ganhar dinheiro, muito pelo contrário, os “bonitinhos de plantão” ficam chocados em ver isso na internet, mas uma das realidades da vida é que é por demasiado prazeroso a arte de ganhar dinheiro, porém aqui minha intenção é falar de outro ponto.
Na ética das virtudes de Aristóteles os princípios estão pautados na busca por justiça, fortaleza, temperança e sabedoria.
Os princípios da sabedoria são mais bem subdivididos por São Tomás de Aquino, e consistem em melhorar nossa memória, inteligência da razão prática, sagacidade, raciocínio lógico, previsão de nossas ações, circunspecção e precaução.
São Tomás de Aquino também nos fala que quanto mais repetimos atos bem acertados e refletimos sobre como é bom viver assim, começamos a ficar mais virtuosos e não o inverso, pois as virtudes dependem primeiramente de algumas variáveis dos atos de bonança.
A ética das virtudes propõe que o sujeito agente canalize as nossas paixões para o bem moral.
O bem quando é a verdade, quando é conhecido e existente pela nossa razão.
A ética das virtudes necessariamente é um empreendimento comum, nunca individual. Sempre compartilhado, pois o ser humano é coexistente, depende de outros, nas palavras de Alasdair MacIntyre, “um animal racional dependente”, e precisa das virtudes que não estão em função dele mesmo, mas dos outros, ao mesmo tempo.
Assim como Nosso Senhor Jesus Cristo, se ele pudesse no momento e não fosse algo corruptível, ajudava quem estivesse precisando, sem fazer questionamentos, assim também devemos imitá-lo, seja na esmola para um mendigo ou colega de trabalho.
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