Nesta distinta data, na qual se celebra o nascimento do Salvador da humanidade, Jesus Cristo, pessoas do mundo inteiro, e especialmente os brasileiros, se defrontam com uma das questões mais cruciais de sua existência e que é determinante para a própria continuidade da civilização humana. Trata-se da liberdade. Seja ela em sentido político ou espiritual, é o maior tesouro que nós podemos ter, e por isso é de extrema necessidade o zelo diuturno por ela, não só pela restrita e essencial integridade individual, mas também pela coletividade.
"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão." (Gálatas 5:1).
A liberdade para a qual Cristo nos chamou não se restringe ao âmbito espiritual, onde fomos redimidos de nossa natureza pecaminosa e depravada pelo seu sacrifício e ressurreição, mas também para que pudéssemos usufruir da bênção do livre arbítrio, concedida pelo próprio Deus. Ninguém tem o direito de ceifar a liberdade básica de alguém que tenha vida ilibada perante a Lei dos homens, muito menos de todo um povo, nem mesmo sob justificativa sofística, amparada em abstrações e distorções de instituições louváveis, criadas para resguardar os princípios divinos da Lei e da Ordem, como é o caso do Estado e de suas forças militares. Os direitos do ser humano são fundamentais, naturais, quem já os concedeu foi o Criador, Deus. O Estado não os concede; surgiu tendo o dever de preservá-los, apenas com as nuances estando mais cabíveis ao entendimento humano subjetivo, mas sem deixar de ter ainda a palavra divina como norte.
"Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem." (1 Pedro 2:13-14).
A sujeição às autoridades humanas só tem sentido se elas forem sujeitas aos princípios divinos; não existe a possibilidade de dissociar a moral social da espiritual. O papel da autoridade, sobretudo do governante, se limita, em última análise, a punir praticantes do mal e honrar os do bem. O Brasil vive o exato oposto de tal condição: cidadãos cumpridores da Lei estão sendo punidos e oprimidos, perdendo cada vez mais sua legítima liberdade, seja ela de expressão ou de ir e vir; e os criminosos estão sendo agraciados por medidas de relaxamento e pela própria frouxidão imoral da legislação penal, tendo ganhos indevidos de liberdade. Sob o véu de uma pandemia que mata menos de 3 em cada 100 infectados no país, milhões são levados à miséria econômica e à humilhação de ter que responder a imoralidades jurídicas, prisões políticas e ameaças de que seus direitos fundamentais sejam condicionados a uma injeção. As mortes por fome e por condições insalubres são inquietantes, mas a morte da liberdade ofende a alma das pessoas e as sagradas diretrizes do Criador supremo do Universo. Os transgressores e opressores dos filhos de Deus não terão sossego pelo que têm feito e cabe ao povo reavivar a si mesmo sob a reflexão natalina, para que reconheça para o que foi chamado pelo seu senhor.
Assim como fomos libertos do pecado, uma mazela espiritual que corrói a alma e a conduz à perdição, separando-nos de Deus, libertemo-nos da mazela social do servilismo ao totalitarismo. Que não nos submetamos, pecaminosamente passivos, a práticas, ideologias e governanças que aviltam nosso maior tesouro, dado pelo Pai, a nossa liberdade, legítima e inegociável; e que, portanto, visam a aviltar o próprio Deus.
Que Deus abençoe os brasileiros!
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