A principal diferença entre os conservadores e os liberais é que os conservadores levam em conta o homem de modo integrativo, enquanto os liberais tendem a olhar apenas para o lado material da natureza do homem.
O conservador acredita que o homem é, em parte, uma criatura material, animal. Não obstante, ele também é uma criatura espiritual com necessidades espirituais e desejos espirituais.
Os liberais, em nome de uma preocupação com os “seres humanos”, consideram a satisfação das necessidades econômicas como a missão sine qua non do meio em que vivem.
Certamente, a primeira obrigação de um pensador político é compreender a natureza do homem.
O conservador aprendeu que os aspectos econômicos e espirituais da natureza do homem estão interligados. Ele não pode ser economicamente livre, ou mesmo economicamente eficiente, se for escravizado politicamente. A liberdade política do homem é ilusória se ele depende do Estado para suas necessidades econômicas. O conservador percebe que o desenvolvimento do homem, tanto em seus aspectos espirituais quanto materiais, não é algo que pode ser dirigido por forças externas. Cada homem, para seu bem individual e para o bem de sua sociedade, é responsável por seu próprio desenvolvimento. As escolhas que governam sua vida são escolhas que ele deve fazer: elas não podem ser feitas por nenhum outro ser humano, ou por uma coletividade de seres humanos.
Hoje, portanto, ele está em conflito com ditadores que governam pelo terror, e igualmente com aqueles coletivistas mais gentis que pedem nossa permissão para brincar de Deus com a raça humana. Com essa visão da natureza do homem, é compreensível que o conservador veja a política como a arte de alcançar o máximo de liberdade para os indivíduos que seja consistente com a manutenção da ordem social. O conservador é o primeiro a entender que a prática da liberdade requer o estabelecimento da ordem: é impossível para um homem ser livre se outro pode negar-lhe o exercício de sua liberdade.
Ele sabe que a máxima vigilância e cuidado são necessários para manter o poder político dentro de seus limites adequados.
Entretanto, hoje em dia muitos países maximizam a ordem escanteando a liberdade. Numa análise histórica até os dias atuais, nessa balança, entre liberdade e ordem, sempre houve um desequilíbrio, desfavorecendo a liberdade.
Portanto o conservador deve estar sempre se perguntando e fiscalizando os caminhos que estão sendo trilhados em favor da liberdade do povo, para enxergar e tentar retificar os desequilíbrios.
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