A Confederação Democrática Francesa do Trabalho (CFDT), principal sindicato de representação de trabalhadores do grupo sueco Essity, denuncia que o grupo, produtor de toalhas, lenços e outros (e que tem 2500 funcionários na França) planeja dotar seus trabalhadores de aparelhos que emitem um som de 85 decibéis em caso de descumprimento do distanciamento social.
Apesar de não ter havido contaminação dos funcionários, a ideia da empresa, diz Christine Duguet, representante sindical da CFDT, “é disciplinar os funcionários e chamá-los à ordem”, num “ataque às liberdades individuais”.
Na última segunda-feira (11), o sindicato emitiu comunicado em que acusa a Essity de implantar um "um sistema comparável ao que impede os cães de latir".
O grupo se defende, alegando que o procedimento visa “fortalecer a segurança”, e que os aparelhos não incluem “sistema de geolocalização e não está vinculado a dados pessoais”, ficando inativos nas instalações sanitárias e restaurantes da empresa.
A Essity rejeitou comparações com coleiras animais, já que, explica o grupo, os aparelhos serão colocados nos bolsos ou nas cinturas. Disse também que o sistema só está sendo “testado” na França, como na Holanda.
Segundo o Le Parisien, o sistema, porém, já está em vigor no Reino Unido.
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