O Global Times, da China, traz o alerta de especialistas: a projeção demográfica do país está em crise. Um relatório recente do centro de pesquisas do Ministério da Segurança Pública estimou (pois só saberemos exatamente em abril, quando o National Bureau of Statistics anunciar) que o número de recém-nascidos registrados em 2020 foi de 10,03 milhões, quando em 2019 o número era de 11,79 milhões.
Os nascimentos chineses vêm descrevendo uma curva decrescente anual com o passar dos anos (17,89 milhões em 2016, 17,23 milhões em 2017, 15,23 milhões em 2018 e 14,65 milhões em 2019).
Mu Guangzong, professor do Instituto de Pesquisa Populacional da Universidade de Pequim, explica: "A baixa taxa de natalidade na China atingiu um grau alarmante, mas não é uma surpresa". O professor defende que o principal fator para o declínio é o alto custo de criação de filho na China, acrescentando que a desproporção demográfica entre os sexos também pode ser um fator, o que nos leva a refletir se a política de filho único (mediante contracepção e aborto) não fez serem “descartadas” (por pais que queriam meninos) as meninas que nasciam.
Sobre esse desequilíbrio sexual da China, disse o Washington Post: “Nada parecido com isso ocorreu na história humana”.
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