Para encerrar a série sobre o voto feminino, pego emprestado as palavras da própria feminista Simone de Beauvoir, que afirmou que "as mulheres só ganharam o que os homens concordaram em lhes conceder.". Isso fica realmente claro na questão do sufrágio.
Como expliquei no último texto, os homens conquistaram o direito ao voto com derramamento de sangue nos campos de batalha. Já as mulheres apenas receberam um privilégio concedido pelos próprios homens, afinal, jamais foram à guerra lutar por isso ou arriscaram suas vidas em defesa da pátria para poder escolher seus governantes. Para as mulheres tudo se deu de forma bem mais confortável.
Nos Estados Unidos, por exemplo, foi um senador republicano (Aaron Augustus Sargent, da Califórnia), quem colocou o voto feminino em pauta, no ano de 1878. Aqui no Brasil a participação masculina na concessão desse privilégio também se mostrou evidente. César Zama, um conservador burguês, cristão e heterossexual, foi o responsável por liderar o movimento pelo sufrágio feminino em nosso país.
A primeira mulher a receber um título de eleitora na América Latina foi a brasileira Celina Guimarães, e as sufragistas logo passaram a associar essa “conquista” à “luta feminista”. Celina, que era uma mulher muito bem casada e respeitada, vendo-se diante dessa farsa, declarou:
“Eu não fiz nada! Tudo foi obra do meu marido, que empolgou-se na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. [...] Sou grata a tudo isso que devo EXCLUSIVAMENTE ao meu saudoso marido.”.
Mesmo com toda a clareza da fala de Celina, as feministas continuam a esconder esse discurso, relacionado-a ao movimento feminista e utilizando-a como palanque político. Isso demonstra, mais uma vez, o caráter farsante e mentiroso do feminismo.
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