Anteontem (15)
se comemorou o dia em que o Brasil desapareceu.
Sob Dom Pedro
II, o Brasil tornou-se potência militar e cultural do mundo, com o país
possuindo a segunda melhor marinha do planeta e alcançando altíssimo padrão
social e econômico. Ele foi o primeiro monarca a praticar o poder moderador,
que impunha limite razoável sobre os poderes e impedia o autoritarismo — que se
emerge naturalmente com a estagnação das instituições. Autoritarismo que, no
Brasil, se agravou com as más oligarquias tomando o parlamento e corrompendo as
já desvirtuadas forças armadas, a fim de dominar o país, seus recursos e seu
povo com punho de ferro.
Contudo, num
provável retorno da monarquia ao Brasil, é razoável que a Casa de Orleans não
seja a única a exercer o poder moderador do Estado.
Mais que um Imperador, o Brasil merece um Rei. Aliás, um conselho de reis, como existia na Inglaterra
dos reis saxões. Um conselho também formado por realezas locais, como a de
Vidal de Negreiros (herói-rei e libertador do Brasil), com a função de
escolher, a cada 8 anos, um monarca para exercer o poder moderador — de forma
perfeita. Um conselho monárquico sob o espírito republicano, inspirado no
conhecimento e na coragem — favor não confundir a república platônica com a
república moderna.
Um sistema de
governo ainda mais parlamentarista que à época de Dom Pedro II; duplamente
parlamentarista: reis alternando a chefia do Estado e a chefia do governo
cabendo ao primeiro ministro, no parlamento.
Ainda que
estivesse vivo, e por mais digno que fosse, Dom Pedro não deveria ser o único
monarca, em condição fixa, a ser fiel depositário do Estado brasileiro.
O conselho dos
reis saxões foi o melhor modelo monárquico que o Ocidente experimentou e
certamente seria ideal também para o Brasil, ajudando a afastar do país
possíveis tendências absolutistas e totalitárias.
Dom Pedro II foi exemplo de caráter e liderança. Se estivesse aqui, o Brasil certamente estaria em
porto-seguro.
——
Obs.: I - Como toda aristocracia genuína deve ter antes mais origem na guerra que no palácio, a Casa Orleans não é diferente, e apesar de ter menor importância que a Borgonha, também foi forjada nas armas.
II - Digo essas
coisas apenas para chamar atenção sobre a verdadeira origem dos Reis, que está
no evento simples da luta e no próprio povo, e só depois sua primazia reflete
no sangue;
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