15 de novembro e o futuro regime

15 de novembro e o futuro regime

Anteontem (15) se comemorou o dia em que o Brasil desapareceu.

Sob Dom Pedro II, o Brasil tornou-se potência militar e cultural do mundo, com o país possuindo a segunda melhor marinha do planeta e alcançando altíssimo padrão social e econômico. Ele foi o primeiro monarca a praticar o poder moderador, que impunha limite razoável sobre os poderes e impedia o autoritarismo — que se emerge naturalmente com a estagnação das instituições. Autoritarismo que, no Brasil, se agravou com as más oligarquias tomando o parlamento e corrompendo as já desvirtuadas forças armadas, a fim de dominar o país, seus recursos e seu povo com punho de ferro.

Contudo, num provável retorno da monarquia ao Brasil, é razoável que a Casa de Orleans não seja a única a exercer o poder moderador do Estado.

Mais que um Imperador, o Brasil merece um Rei. Aliás, um conselho de reis, como existia na Inglaterra dos reis saxões. Um conselho também formado por realezas locais, como a de Vidal de Negreiros (herói-rei e libertador do Brasil), com a função de escolher, a cada 8 anos, um monarca para exercer o poder moderador — de forma perfeita. Um conselho monárquico sob o espírito republicano, inspirado no conhecimento e na coragem — favor não confundir a república platônica com a república moderna.

Um sistema de governo ainda mais parlamentarista que à época de Dom Pedro II; duplamente parlamentarista: reis alternando a chefia do Estado e a chefia do governo cabendo ao primeiro ministro, no parlamento.

Ainda que estivesse vivo, e por mais digno que fosse, Dom Pedro não deveria ser o único monarca, em condição fixa, a ser fiel depositário do Estado brasileiro.

O conselho dos reis saxões foi o melhor modelo monárquico que o Ocidente experimentou e certamente seria ideal também para o Brasil, ajudando a afastar do país possíveis tendências absolutistas e totalitárias.

Dom Pedro II foi exemplo de caráter e liderança. Se estivesse aqui, o Brasil certamente estaria em porto-seguro.

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Obs.: I - Como toda aristocracia genuína deve ter antes mais origem na guerra que no palácio, a Casa Orleans não é diferente, e apesar de ter menor importância que a Borgonha, também foi forjada nas armas.

II - Digo essas coisas apenas para chamar atenção sobre a verdadeira origem dos Reis, que está no evento simples da luta e no próprio povo, e só depois sua primazia reflete no sangue;

III - E que essa verdade torna Vidal de Negreiros, após libertar o país dos holandeses, tão Rei do Brasil quanto Afonso Henriques foi Rei de Portugal.


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