Segundo o MPF, a propina saiu de São Paulo para Minas Gerais em dinheiro vivo no mote de quatro parcelas dentro de malas. A maior parte dos pagamentos foi flagrada e filmada pela Polícia Federal durante as investigações. O Ministério Público também requereu que Aécio perca o atual mandato de deputado federal.
Os pedidos do MPF fazem parte das alegações finais, procedimento que sinaliza a última etapa do processo antes do julgamento. Além de Aécio Neves, responde pelo crime a irmã, Andrea Neves da Cunha, que inicialmente solicitou a quantia ao empresário em nome do parlamentar, de acordo com as apurações.
Segundo as investigações, provas reunidas confirmam que Aécio Neves reiterou pessoalmente o pedido de dinheiro que fora feito anteriormente por sua irmã. É o que mostra uma gravação realizada por Joesley em um encontro com o ex-senador, na qual o parlamentar combina a entrega das parcelas a seu primo Frederico de Medeiros.
Em sua defesa, o ex-senador alegou que os R$ 2 milhões foram recebidos a título de empréstimo, mas não soube explicar por que não foi elaborado nenhum tipo de contrato que registrasse oficialmente o negócio e sustentasse sua legalidade. Também não foi esclarecida a razão pela qual esse grande volume de dinheiro foi transportado em espécie e não transferido por meio do sistema bancário.
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