O governo autoritário da Bolívia, chefiado pelo presidente esquerdista Luis Arce, aliado do presidente eleito do Brasil, Lula, promoveu a prisão arbitrária do governador do departamento (equivalente a estado, no Brasil) de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho.
A detenção se deu a pretexto de punir o político por comandar protestos contra o adiamento do censo populacional boliviano, que se realizaram de forma bastante expressiva pelo país, chegando a paralisar trechos de estradas. Isso levou a um acordo para promover o censo e aumentar o número de cadeiras no parlamento para a eleição nacional.
Camacho também se notabilizou por ser o único governador boliviano a fazer oposição ao presidente de esquerda, tendo sido fundamental para gerar o contexto de renúncia do ex-presidente Evo Moráles, também autoritário, que abdicou do cargo de chefe do Executivo em 2019.
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