O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, deu permissão para que um recurso apresentado pela defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja julgado. Lira é alvo de uma investigação por corrupção passiva, cujo processo teve início em 2018 após uma denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Na época, um assessor de Lira foi detido no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, portando a quantia de 106 mil reais em dinheiro. Em depoimento, o funcionário afirmou que o dinheiro era destinado ao deputado e se tratava de propina paga pelo então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos, Francisco Colombo, em troca de apoio político.
O caso será analisado pela Primeira Turma do STF na próxima terça-feira, juntamente com um novo parecer apresentado pela Procuradoria-Geral da República. O Ministério Público, que inicialmente apresentou a denúncia, agora defende o arquivamento do caso, alegando falta de provas além dos relatos obtidos por meio de delação premiada.
O advogado Pier Paolo Bottini, responsável pela defesa de Lira, afirmou que há novos fatos que demonstram a fragilidade da denúncia original. O julgamento representa um momento crucial na carreira política do presidente da Câmara, uma vez que seu futuro está em jogo diante das investigações em curso.
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