A CPMI do 8 de Janeiro retoma suas sessões nesta terça-feira (1º), agendando uma reunião às 9 horas para ouvir o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Cunha estava no cargo de diretor da agência em 8 de janeiro, data dos atos de vandalismo nos prédios públicos da Praça dos Três Poderes. Ele renunciou ao cargo em março.
A convocação de Cunha foi resultado de cinco requerimentos, incluindo um proposto pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ). A Abin havia emitido diversos alertas sobre possíveis ações ilícitas contra autoridades e patrimônio público, como relatado pela mídia. De acordo com o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), esses alertas foram emitidos "até mesmo na véspera das invasões e depredações ocorridas no domingo".
Após as invasões, o governo recusou o acesso às imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto. No entanto, vídeos divulgados pela CNN revelam interações amigáveis entre servidores do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e os invasores durante a ocupação. Isso levanta questões sobre a integridade das investigações e a possível manipulação de informações.
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