O presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, comunicou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sua falta de interesse em votar a proposta de emenda à constituição que propõe limitar o mandato dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos, sem possibilidade de recondução. Embora seja uma prioridade para Pacheco e líderes do Senado em 2024, a proposta enfrenta resistência de Lira. A disputa entre os dois líderes torna-se evidente, já que a PEC está em análise na comissão de constituição e justiça.
Artur Lira expressou seu desinteresse na proposta que fixa mandatos de oito anos para ministros do STF, temendo possíveis represálias da Polícia Federal. Lira, ciente das investigações anteriores envolvendo seus auxiliares durante votações controversas, como a do PL 2630, que despertou desagrado no STF, evita apoiar a PEC. A recusa de Lira gera uma tensão política entre os poderes e coloca em xeque a possibilidade de avanço na proposta.
Diante da recusa de Artur Lira em apoiar a proposta de mandato fixo para ministros do STF, alguns deputados e partidos na Câmara demonstram intenção de pressionar o presidente da Casa. Enfrentando o temor de confrontar o STF, Lira, que permitiu a prisão de um deputado anteriormente, enfrenta agora a possibilidade de resistência parlamentar. A questão coloca em evidência as complexas relações entre os poderes no cenário político brasileiro.
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