A decisão do Palácio do Planalto de ampliar a isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos não foi bem recebida pelos auditores fiscais, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco). A correção seletiva da tabela do imposto de renda da pessoa física não abordou as desigualdades tributárias existentes, causando profunda frustração entre os representantes da categoria.
O presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva, destaca que a medida representa uma solução fácil para o governo, já que impacta apenas uma parcela da população, sem abordar a promessa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 por mês. Mauro Silva ressalta que, mesmo após mais de um ano de governo, a promessa do presidente Lula de isentar quem ganha até R$ 5.000 do imposto de renda ainda não foi iniciada, classificando os recentes ajustes como um artifício que não traz relevância para o reajuste da tabela.
O sindicato enfatiza a decepção ao ver que os mais ricos permanecem isentos do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, enquanto a classe média suporta o peso das políticas públicas. A Unafisco destaca a necessidade de uma abordagem justa e equitativa na correção da tabela do Imposto de Renda, considerando toda a estrutura tributária.
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