O renomado jurista Ives Gandra Martins manifestou seu protesto nas redes sociais após o anúncio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a parceria para o monitoramento de cidadãos em conjunto com o governo Lula. Gandra Martins, que participou da elaboração da Constituição, expressou sua divergência quanto à ideia de que o STF possa desempenhar um papel político, argumentando que tal concepção não era desejada quando a Constituição foi formulada.
O jurista destacou a minuciosa descrição das competências e atribuições de cada poder na Constituição, ressaltando que não concorda com a incursão do STF na esfera política, especialmente ao tratar, junto com o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula, da suposta defesa da democracia com controle das redes sociais.
Ives Gandra reforçou a convicção de que ao Poder Judiciário não cabe atividade política, destacando a representação completa do povo pelo Legislativo e a natureza do Executivo, que nem sempre detém a maioria. Ele questionou a incursão do Judiciário em políticas próprias dos poderes representativos do povo, salientando a necessidade de preservar a função do Judiciário como guardião das leis.
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