Após passar mais de nove meses na prisão, o cacique Sererê decidiu buscar asilo político na Argentina. Esta decisão vem no contexto de alegações de perseguição por parte do Ministro Alexandre de Moraes do STF e do Ministério Público. A defesa do cacique sustenta que Sererê está sendo injustamente acusado dos mesmos crimes dos presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, mesmo sem ter participado dos atos no Quartel General em Brasília.
O advogado Geovani Veras Pessoa tentou negociar um acordo de não persecução penal para Sererê, mas a proposta foi recusada. A situação se complicou ainda mais porque Sererê foi forçado a trabalhar como servente de pedreiro fora do alcance da tornozeleira eletrônica para sustentar sua esposa e seis filhos. As dificuldades no presídio, agravadas por sua condição diabética, levaram Sererê a decidir deixar o Brasil.
Sem enxergar possibilidades de evitar a volta à prisão e após sofrer graves problemas de saúde, Sererê escolheu remover a tornozeleira eletrônica e buscar abrigo na Argentina. Esta ação representa um protesto contra as condições que enfrenta e uma tentativa de assegurar a segurança e o bem-estar de sua família.
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