A recente acusação contra o renomado jurista Ives Gandra Martins gerou um forte protesto por parte de aliados políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo compartilhado por Bolsonaro, Gandra Martins comentou a representação disciplinar movida contra ele pela Seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que o acusa de ter sido um “mentor” dos atos de 8 de janeiro, em Brasília. O jurista explicou que a acusação surgiu porque um texto de sua autoria, escrito em 2017, foi encontrado com outros indivíduos ligados aos eventos de janeiro. Gandra Martins esclareceu que o conteúdo da redação se referia a uma tese jurídica formulada por ele em 1997, mais de uma década antes dos ataques aos Três Poderes. No vídeo, Bolsonaro ironizou a situação, sugerindo que o “golpe” de 2023 teria sido, na verdade, “planejado” por Ives Gandra em 2017. Em tom de desabafo, o ex-presidente lamentou: “O Brasil acabou…”.
Confira detalhes no vídeo:
A acusação contra Gandra Martins também foi alvo de duras críticas da deputada Carla Zambelli, que utilizou suas redes sociais para se posicionar contra o que considera uma perseguição política ao jurista. A deputada, conhecida por seu apoio a Bolsonaro, afirmou em um vídeo que a situação é uma “vergonha para a advocacia brasileira” e questionou a base da acusação de “incitação a golpe de Estado” contra Gandra Martins, ressaltando a sua importância como um dos maiores juristas do Brasil. Zambelli, que é também amiga pessoal de Gandra Martins, acusou a OAB-SP de tentar arruinar a reputação de um homem que, segundo ela, é um dos pilares do Direito no país. Em um discurso exaltado, ela afirmou que a situação ultrapassou todos os limites aceitáveis, referindo-se à crescente polarização política que está sendo refletida em investigações e acusações contra figuras públicas.
A perseguição que Gandra Martins está enfrentando gerou um intenso debate sobre a liberdade de expressão e a politicagem dentro das instituições jurídicas do Brasil. Para muitos aliados de Bolsonaro, a acusação contra o jurista é um reflexo da repressão a aqueles que se opõem ao governo atual ou que se posicionam contra a narrativa dominante sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. O caso também acirra ainda mais a polarização no país, colocando em cheque a imparcialidade de órgãos como a OAB e levando muitos a questionar se essas acusações não são, na verdade, uma forma de silenciar vozes contrárias. A situação de Gandra Martins se insere em um contexto mais amplo de disputas ideológicas e políticas no Brasil, onde as figuras públicas, especialmente aquelas com posições mais conservadoras, estão sendo cada vez mais alvo de investigações e processos que, para os críticos, visam não apenas punir, mas também minar suas influências políticas e jurídicas.
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