Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o projeto de anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 provavelmente só avançará no Congresso Nacional em 2025. Segundo Bolsonaro, a proposta foi retirada da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, após conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e será encaminhada para uma comissão especial, uma medida que o ex-presidente considera mais adequada para discutir o tema. Durante a entrevista, Bolsonaro detalhou sua conversa com Lira, ressaltando que a criação da comissão especial permitiria convocar e convidar pessoas que poderiam contribuir para o debate, como, por exemplo, o caso de crianças filhas de um homem condenado e foragido, que ele citou como exemplo de uma situação sensível que precisa ser discutida no âmbito da proposta.
Confira detalhes no vídeo:
Bolsonaro ainda explicou que, apesar das negociações iniciais, ele não acredita que o projeto tenha condições de ser aprovado ainda neste ano. Ele citou as dificuldades em garantir o apoio necessário no plenário da Câmara, especialmente após a proposta ter sido retirada da CCJ. De acordo com o ex-presidente, mesmo com o andamento positivo da proposta na comissão, ele tinha dúvidas sobre o apoio da maioria dos deputados no plenário, uma vez que o debate sobre anistia já gerava divisões, inclusive dentro de partidos. Bolsonaro mencionou as declarações de lideranças como o líder do PDT, que se mostrou favorável a uma anistia parcial, e também as falas de figuras como o ministro da Defesa, José Múcio, e o ex-ministro Nelson Jobim, que, embora tenham se posicionado de forma divergente sobre o tema, refletiam o clima de incerteza em torno da questão. Diante disso, o ex-presidente indicou que preferia que a discussão se arrastasse por mais tempo, até que houvesse maior clareza sobre as chances reais de aprovação, para evitar que o projeto fosse rejeitado prematuramente.
Ao se manifestar sobre o andamento do projeto, Bolsonaro demonstrou preocupação com a possibilidade de que ele fosse rejeitado por falta de apoio suficiente no Congresso. O ex-presidente admitiu sentir "a dor" daqueles que aguardam pela aprovação da anistia, mas ressaltou que seria mais prudente esperar até 2025, quando, em sua visão, a situação política poderia estar mais favorável à aprovação da proposta. Para Bolsonaro, avançar com o projeto sem a certeza de apoio poderia resultar em um fracasso para a iniciativa, o que ele preferia evitar. Ao destacar a importância de agir com cautela, o ex-presidente mostrou-se ciente das dificuldades políticas que envolvem a proposta e das divisões internas no Congresso sobre o tema, reiterando que é melhor esperar por um cenário mais seguro do que correr o risco de uma derrota legislativa.
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