A intimação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) pela Polícia Federal (PF), anunciada na terça-feira (5), gerou debates acalorados no cenário político brasileiro. Ramagem, que foi candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais deste ano, foi convocado a prestar depoimento no âmbito do inquérito que apura uma possível tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação, que envolve diversos aliados de Bolsonaro, busca esclarecer eventos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. A intimação de Ramagem, um dos nomes próximos ao ex-presidente e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acendeu discussões sobre o papel de figuras políticas ligadas ao bolsonarismo na tentativa de minar as instituições democráticas.
Confira detalhes no vídeo:
A convocação de Ramagem também gerou reações nas redes sociais, com setores do bolsonarismo questionando a legalidade da medida e acusando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de promover perseguições políticas contra os ex-aliados de Bolsonaro. Defensores de Ramagem afirmam que o deputado e ex-candidato à prefeitura do Rio tem sido injustamente alvo de uma investigação sem provas concretas que o impliquem diretamente nos eventos de janeiro. A intimação vem em um momento em que o governo Lula tem intensificado as investigações sobre as tentativas de desestabilização da ordem democrática, e Ramagem, assim como outros aliados de Bolsonaro, tem sido um dos focos das apurações. Além dele, a PF também intimou outros envolvidos no episódio, como coronéis e um general, que serão ouvidos em depoimentos na quarta-feira (6), conforme revelou a TV Globo.
A decisão de ouvir essas figuras militares e políticas, que ainda não haviam sido questionadas sobre os episódios de janeiro, também está gerando controvérsias. De um lado, críticos do governo Lula afirmam que o inquérito pode estar sendo utilizado como uma ferramenta de repressão política, enquanto, do outro, apoiadores do governo defendem a necessidade de esclarecer o papel de militares e aliados bolsonaristas nas manifestações que culminaram nos ataques de 8 de janeiro. O desfecho da investigação promete alimentar ainda mais a polarização política no Brasil, especialmente em um contexto no qual a memória dos atos golpistas continua sendo um tema sensível. A intimação de Ramagem, portanto, se insere em um cenário mais amplo de busca por responsabilização e também de disputa sobre a narrativa dos acontecimentos que marcaram o fim do governo Bolsonaro e a transição para a gestão de Lula.
Clique aqui para ter acesso ao livro O Brasil e a pandemia de absurdos, escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores sobre os absurdos praticados durante a pandemia de Covid-19, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, inconstitucionalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do Telegram onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.