O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir os feriados no Brasil. Segundo ele, o objetivo da medida é beneficiar a economia do país, já que, de acordo com Pollon, as folgas nos dias comemorativos não são “grátis” e acabam gerando custos que impactam a população. O deputado argumenta que cada feriado tem um custo financeiro, que recai sobre os trabalhadores e sobre a sociedade como um todo. "Todo feriado, ele não é grátis, ele custa. E quem paga esse custo? Somos nós. Somos quem trabalha, quem paga imposto", disse Pollon, defendendo que a medida poderia aliviar os encargos econômicos do Brasil.
Em sua justificativa, Pollon foca principalmente nos custos relacionados aos servidores públicos e políticos que, segundo ele, se beneficiam diretamente desses períodos de descanso. O deputado afirma que os custos dos pontos facultativos, ou seja, os dias em que o expediente é reduzido ou suspenso, são pagos pela população, que mantém as atividades do Estado com seus impostos. Para Pollon, a proposta de eliminar os feriados não apenas traria uma economia financeira, mas também corrigiria um "desperdício de recursos" que, segundo ele, ocorre quando políticos e servidores públicos aproveitam os feriados enquanto a carga tributária continua sendo repassada ao cidadão. "Você está pagando para os funcionários públicos e para os políticos se deleitarem com esses feriados", declarou o parlamentar, ampliando as críticas ao uso excessivo de feriados por parte das esferas do governo.
A proposta, por se tratar de uma PEC, requer o apoio de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, ou seja, 171 parlamentares, para ser aprovada. Isso significa que Pollon precisará angariar o apoio de uma ampla base política para que a ideia avance no Congresso. A proposta gerou reações diversas, com alguns aplaudindo a iniciativa como uma forma de combater a sobrecarga de custos para a população, enquanto outros questionam a viabilidade de extinguir tradições culturais e sociais enraizadas no país. A discussão sobre a PEC levanta questões sobre o impacto econômico real da redução de feriados e a relevância dessas datas para a identidade nacional, em um momento em que o Brasil enfrenta desafios econômicos e sociais. O futuro da proposta dependerá da análise e do apoio dos parlamentares, que terão que avaliar os prós e contras da medida.
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