A apresentação de "uma artista trans" durante um evento promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará, na última sexta-feira (22/11), gerou polêmica nas redes sociais, com muitos internautas criticando a performance. O evento, o I Seminário Diagnóstico de Empregabilidade de Travestis e Transexuais na Região Metropolitana de Belém, tinha como foco discutir os desafios enfrentados pela população trans, abordando temas como acessibilidade educacional e inclusão no mercado de trabalho. No entanto, a dança e o movimento de cabelo da pessoa, que abriu o seminário, provocaram reações negativas, com algumas pessoas questionando a pertinência de sua apresentação no contexto de um evento com pautas sérias e institucionais.
Confira detalhes no vídeo:
O vídeo da performance rapidamente viralizou, e muitos internautas, incluindo figuras públicas, expressaram descontentamento nas redes sociais. O deputado estadual de São Paulo, Tomé Abduch (Republicanos), usou a rede social X para criticar a utilização de recursos públicos no evento. “O que causa ainda mais indignação é que estão usando o seu dinheiro para financiar toda essa barbaridade”, escreveu Abduch, manifestando sua opinião contrária à performance. Além disso, muitos outros usuários da web também criticaram a decisão de incluir uma "performance artística" em um evento focado em questões sociais e educacionais voltadas à comunidade trans.
Em resposta às críticas, o MPF emitiu uma nota oficial, defendendo "a artista" e repudiando as ofensas recebidas. O órgão caracterizou as críticas como atos de transfobia e reafirmou seu compromisso com a luta contra o preconceito. "Não há espaço para o discurso de ódio em nossa sociedade. A luta contra a transfobia é também a luta por uma sociedade mais igualitária e inclusiva, onde todas as pessoas possam exercer livremente suas expressões artísticas, culturais e de identidade sem medo de represálias ou violência", afirmou a nota. O MPF também frisou que a "performance da artista" foi uma expressão legítima de identidade e cultura, defendendo a liberdade de manifestação dentro de um ambiente institucional e afirmando que as atitudes de discriminação não serão toleradas.
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