BRASIL: JORNALISTAS DA GLOBO BATEM BOCA SOBRE “LUGAR DE FALA” AO VIVO AO COMENTAR ELEIÇÃO
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BRASIL: JORNALISTAS DA GLOBO BATEM BOCA SOBRE “LUGAR DE FALA” AO VIVO AO COMENTAR ELEIÇÃO

Uma acalorada discussão sobre "lugar de fala" entre os jornalistas da GloboNews, Sandra Coutinho e Demétrio Magnoli, ganhou destaque durante o programa "Em Pauta", exibido na última sexta-feira, 1º de novembro. O debate se desenrolou enquanto comentavam sobre a eleição presidencial dos Estados Unidos. Em um determinado momento, Sandra começou a abordar as dificuldades que as mulheres enfrentam para conquistar espaço profissional, enfatizando que, por ser mulher, ela tinha legitimidade para discutir o tema. Demétrio a interrompeu, afirmando que também possuía um "lugar de fala", o que levou a uma troca acalorada entre os dois.

Confira detalhes no vídeo:


A situação se intensificou quando Coutinho, em resposta à interrupção, ironizou a afirmação de Magnoli, questionando: “Como mulher? Você é mulher?” A provocação gerou uma reação visível de indignação por parte de Demétrio, que levantou os dedos indicadores e insistiu: “Não, não, eu também tenho lugar de fala. Não! Eu tenho lugar de fala também porque sou um analista político”. Em contrapartida, Sandra não se deixou abalar e reafirmou a gravidade da misoginia, ressaltando que esta é uma realidade presente na sociedade. O embate entre os dois jornalistas trouxe à tona uma discussão significativa sobre as vozes que são ouvidas em debates políticos, especialmente em relação à representação de gênero.


Eliane Cantanhêde, também participante do programa, entrou na discussão em apoio a Sandra, afirmando que a realidade para as mulheres no campo político e jornalístico é de fato desafiadora. Ela ressaltou que, ao serem atacadas, muitas vezes é a credibilidade das mulheres que é questionada. A conversa se desenrolou ainda mais com Sandra apontando que a aversão ao voto em Kamala Harris por parte de muitos homens é um reflexo do machismo arraigado na sociedade americana. Enquanto isso, Demétrio defendeu a preferência por Donald Trump como uma escolha baseada na insatisfação com a situação econômica do país, discordando da visão de Sandra sobre as motivações do eleitorado. O debate não apenas expôs as tensões em torno da representação de gênero nas esferas política e midiática, mas também destacou como essas questões continuam a influenciar as narrativas eleitorais nos Estados Unidos e no mundo.

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