BRASIL: MINISTRO DE LULA DIZ QUE “NEGROS SEMPRE FORAM CONSIDERADOS DE SEGUNDA CLASSE”

BRASIL: MINISTRO DE LULA DIZ QUE “NEGROS SEMPRE FORAM CONSIDERADOS DE SEGUNDA CLASSE”


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, gerou polêmica ao afirmar, durante um evento promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na última terça-feira (20/11), que "negros sempre foram considerados de segunda classe". A declaração foi feita enquanto Lewandowski discursava para a comunidade negra de servidores da pasta no plenário do Palácio da Justiça, onde a celebração do Dia da Consciência Negra também marcou os 12 anos de implementação da Lei de Cotas. A fala gerou críticas imediatas, com muitas pessoas, incluindo autoridades políticas e figuras públicas, questionando o tom da afirmação e considerando-a uma generalização inadequada.

Confira detalhes no vídeo:


Lewandowski, que é um dos mais altos membros do Judiciário brasileiro e aliado do governo Lula, fez sua declaração em um momento de reflexão sobre as políticas afirmativas e os avanços no reconhecimento dos direitos da população negra no Brasil. No entanto, sua fala foi recebida com reações negativas, principalmente por sua forma de tratar a questão racial. A alegação de que os negros sempre foram tratados como "de segunda classe" foi vista por muitos como uma visão excessivamente simplista e, em alguns casos, até ofensiva. A frase foi interpretada por alguns como uma forma de subestimar os avanços conquistados pela luta antirracista e pelas políticas públicas que buscam reduzir as desigualdades sociais no país.


Após o evento, a repercussão negativa se intensificou, com críticas sendo direcionadas tanto ao conteúdo quanto ao contexto da fala de Lewandowski. Muitos apontaram que o discurso do ministro, embora abordasse uma realidade histórica de discriminação racial, não levou em consideração os avanços recentes, como a promulgação da Lei de Cotas, que tem garantido o acesso de negros e pardos às universidades públicas. Especialistas em questões raciais também se manifestaram, afirmando que o uso de uma declaração tão forte, sem dar ênfase aos progressos já realizados, pode acabar reforçando estereótipos prejudiciais. A fala de Lewandowski acabou colocando em pauta não apenas o debate sobre a situação dos negros no Brasil, mas também as limitações e desafios que as políticas afirmativas ainda enfrentam em um país com uma história de profundas desigualdades raciais.

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