Em uma audiência pública realizada na Comissão de Segurança Pública do Senado, a viúva e a filha de Clériston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, preso político do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depuseram sobre a trágica morte de Clezão no cárcere e pediram apoio aos parlamentares. Clezão foi preso em 2019 e morreu sob custódia do Estado, após o ministro Moraes não atender ao pedido de soltura que permaneceu por meses em sua mesa. A viúva, Luíza da Cunha, e a filha, Luana Pereira da Cunha, fizeram um apelo emocionado, pedindo que os parlamentares não se acovardassem diante da situação e continuassem lutando por justiça, anistia e pelos direitos dos presos políticos no Brasil. A tragédia de Clezão, segundo suas familiares, não é um caso isolado, mas parte de um contexto mais amplo de abusos contra aqueles que são considerados inimigos políticos do governo atual.
Luíza da Cunha, visivelmente emocionada, relembrou a dor pela perda do marido e lamentou o fato de Clezão ter sido preso sem provas e condenado de forma injusta. Ela destacou que o marido morreu sem sequer ser ouvido em um julgamento, após ter sido preso dentro do Plenário do Senado, "o único local onde não houve depredação", em um episódio que, segundo ela, ilustra o abuso do poder. Luíza fez um apelo direto aos parlamentares: "Eu peço para os Senadores e Deputados que continuem lutando pela anistia e que todos os brasileiros lutem pelo seu país, assim como meu pai fez". Ela concluiu dizendo que, apesar de sua morte, Clériston "morreu amando a pátria", enfatizando a injustiça de sua prisão e o sofrimento imposto à família. Sua fala ressoou como um pedido de mobilização para que o país não se esqueça dos injustiçados.
O senador Magno Malta, presente na audiência, também se solidarizou com a família de Clezão e fez críticas à maneira como a mídia tradicional tem abordado os casos de presos políticos. Malta lamentou que a imprensa, especialmente a "velha imprensa" e a imprensa governamental, não tenha dado a devida visibilidade aos casos de inocência dos presos, incluindo os de Clezão. Segundo o senador, a verdade sobre esses casos, que comprovam a injustiça e o abuso do poder, só tem sido divulgada graças às redes sociais, que, segundo ele, o governo e as grandes mídias tentam censurar. Malta alertou que a falta de informação impede o povo brasileiro de conhecer a real situação dos presos políticos e os crimes cometidos no país. Ele afirmou que, sem as redes sociais, o Brasil estaria ainda mais à mercê da manipulação e do silêncio sobre as violações de direitos humanos. O caso de Clezão, portanto, não apenas simboliza uma tragédia pessoal, mas também expõe um sistema que, segundo os parlamentares, tem silenciado e ignorado as vítimas de abusos dentro do sistema judiciário e carcerário.
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