O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Javier Milei, realizado na segunda-feira (18 de novembro de 2024) durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro, foi marcado por um clima tenso e formal. Esta foi a primeira vez que ambos se cumprimentaram desde a eleição de Milei, líder do partido de direita La Libertad Avanza, na Argentina. A recepção entre os dois presidentes foi breve e sem proximidade, contrastando com os cumprimentos mais calorosos que Lula costuma oferecer a outros chefes de Estado, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A fotografia oficial do encontro, que retratou os dois sem gestos de afeto ou qualquer tipo de interação física, reforçou o distanciamento, o que indicou claramente a falta de sintonia entre os líderes. O gesto frio foi suficiente para simbolizar as divergências que existem entre os dois, especialmente em questões econômicas e políticas que têm sido fonte de atritos desde a eleição de Milei.
Confira detalhes no vídeo:
O principal ponto de tensão entre os dois países é a oposição da Argentina a diversos temas discutidos na cúpula do G20, que poderiam resultar em um fracasso diplomático para o Brasil. A postura de Milei, alinhada a um discurso de direita e uma agenda econômica liberal, contrasta com as propostas progressistas defendidas por Lula, especialmente em relação ao papel do Estado na economia e à atuação em questões sociais e ambientais. A divergência de visões entre os dois líderes torna-se ainda mais evidente diante da pressão de Milei para que o Brasil ceda em algumas pautas cruciais durante a reunião. Caso as negociações não avancem e um consenso não seja alcançado, existe o risco de o documento final da cúpula ser derrubado, o que representaria uma derrota diplomática para o governo brasileiro e um golpe nas pretensões de Lula de fortalecer a liderança do Brasil no cenário global.
Embora o encontro tenha sido marcado por uma interação tensa e formal, ele reflete o complexo cenário das relações bilaterais entre Brasil e Argentina sob as administrações de Lula e Milei. A relação entre os dois países, que historicamente compartilham laços estreitos tanto no comércio quanto em aspectos culturais e políticos, está sendo desafiada pela divergência de visões sobre temas globais e internos. O Brasil, sob Lula, defende uma postura de integração regional e de fortalecimento do Mercosul, enquanto Milei busca uma agenda mais isolacionista e alinhada a economias de mercado mais liberais. A tensão demonstrada no encontro de ontem indica que, apesar dos esforços diplomáticos, as diferenças ideológicas podem ser um obstáculo significativo para a cooperação entre os dois países nos próximos anos.
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