No programa de análise política, os especialistas Fabrizio Neitzke, Alan Ghani e Henrique Krigner discutiram as possíveis repercussões da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos para o cenário de conflitos internacionais, com ênfase nas guerras no Oriente Médio e na Ucrânia. Segundo os comentaristas, a eleição de Trump pode trazer mudanças significativas nas abordagens dos Estados Unidos em relação a esses conflitos, dado o histórico do ex-presidente de adotar políticas mais isolacionistas e menos intervenientes no exterior. No caso do Oriente Médio, Trump pode revisar as políticas de envolvimento militar dos Estados Unidos na região, o que inclui a relação com países como Irã e Arábia Saudita, além de suas posturas em relação à guerra na Síria e aos desafios enfrentados por Israel. Já em relação à Ucrânia, o retorno de Trump à Casa Branca levanta questões sobre como ele lidará com o apoio militar dos EUA a Kiev no contexto da invasão russa.
Confira detalhes no vídeo:
Os analistas apontaram que, em sua primeira presidência, Trump já havia demonstrado uma postura mais favorável ao distanciamento dos conflitos internacionais, priorizando uma política externa mais voltada para os interesses nacionais e uma abordagem mais unilateral em relação às alianças tradicionais dos Estados Unidos. Para o Oriente Médio, a reeleição de Trump poderia resultar em um reequilíbrio das relações, especialmente considerando seu histórico de desafios à permanência de tropas americanas na região, como foi o caso da retirada das forças dos EUA da Síria e a abordagem mais pragmática adotada em relação ao Irã. A política de "America First", que prioriza os interesses dos Estados Unidos em detrimento de acordos multilaterais, pode influenciar a maneira como os Estados Unidos se posicionam em relação a esses conflitos, buscando evitar novas intervenções diretas e priorizando acordos bilaterais ou negociações mais restritas.
No caso da Ucrânia, o debate se intensifica pela contínua agressão da Rússia desde 2022. Durante sua presidência anterior, Trump teve uma relação ambígua com a Rússia, com alguns especialistas apontando que ele poderia ser mais permissivo com o Kremlin, enquanto outros acreditam que sua postura pragmática poderia resultar em uma pressão maior sobre o regime de Vladimir Putin. Os comentaristas no programa indicaram que, se Trump reverter a política de apoio militar amplo à Ucrânia, que tem sido uma prioridade da administração Biden, isso poderia ter repercussões graves para a resistência ucraniana e para a estabilidade da região. Trump, em sua campanha, já sinalizou uma disposição para negociar um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, o que poderia resultar em uma mudança estratégica para o Oriente Europeu e uma diminuição do envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito. No entanto, os analistas também destacaram que o retorno de Trump à presidência não significaria necessariamente uma redução imediata de compromissos no exterior, uma vez que questões de segurança e alianças globais continuam a influenciar as decisões de política externa dos EUA. Assim, enquanto a vitória de Trump promete reconfigurar as dinâmicas de conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, as consequências exatas de suas ações ainda são alvo de intenso debate político.
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