A defesa de Jorge Luiz dos Santos, pastor condenado a 16 anos de prisão pelos eventos de 8 de janeiro, divulgou que a saúde de seu cliente piorou significativamente enquanto ele cumpre pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília. A advogada Carolina Siebra, que representa Santos, revelou que ele enfrenta graves problemas cardíacos e possui um dispositivo médico conhecido como "bomba relógio" em seu peito, que é utilizado para monitorar sua condição. De acordo com a defesa, a situação de saúde de Santos se agravou a ponto de tornar-se uma preocupação constante. Carolina tem solicitado, sem sucesso, a transferência do pastor para prisão domiciliar, alegando que ele necessita de cuidados médicos mais adequados. No entanto, os pedidos foram rejeitados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que considerou que os problemas de saúde do detido não são razão suficiente para mudar o regime de cumprimento da pena.
Jorge Luiz dos Santos foi preso em decorrência dos ataques de 8 de janeiro, quando manifestantes pró-Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em um movimento classificado pelas autoridades como tentativa de golpe. O pastor foi identificado como um dos participantes da invasão e, após ser condenado, foi enviado para a prisão. Contudo, sua saúde deteriorou rapidamente enquanto estava detido na Papuda. A defesa de Santos relatou que ele está enfrentando sérias dificuldades respiratórias, além das complicações cardíacas, o que tem gerado grande apreensão. Em outro episódio, a defesa alegou que Santos foi agredido por policiais enquanto estava no Palácio do Planalto, onde se refugiou após os tumultos, o que aumentou ainda mais a pressão sobre o caso.
Apesar da gravidade da situação clínica de Santos, o governo e as autoridades judiciais, por meio das decisões de Alexandre de Moraes, optaram por manter o pastor no regime fechado, o que tem gerado críticas por parte de seus advogados e familiares. A negativa da prisão domiciliar reflete a dificuldade em lidar com casos que envolvem figuras públicas, especialmente quando o detido está envolvido em eventos de grande repercussão política, como os ataques de 8 de janeiro. A situação de Santos se soma aos debates sobre a forma como o sistema judiciário brasileiro lida com a punição e o tratamento de pessoas envolvidas em crimes políticos de grande impacto. A defesa do pastor continua insistindo na necessidade de uma abordagem mais humanitária, argumentando que sua condição de saúde exige cuidados médicos especiais que não podem ser oferecidos em um ambiente penitenciário. Até o momento, no entanto, o governo e as autoridades judiciais têm se mantido firmes em sua decisão de não conceder a prisão domiciliar.
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