No dia seguinte à operação da Polícia Federal (PF), que investiga o envolvimento de Jair Bolsonaro em atos golpistas e acusa o ex-presidente de ter conhecimento sobre um plano de assassinato contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro fez uma publicação em suas redes sociais. A postagem, feita no X (antigo Twitter), consistia em um trecho de 40 segundos de um vídeo de 2019, no qual o youtuber Vina Guerreiro, de orientação militante, fazia um apelo à esquerda para orquestrar um plano de assassinato contra o então presidente. O vídeo, que havia sido publicado originalmente em julho de 2019, gerou polêmica na época, pois o youtuber expressava o desejo de morte para Bolsonaro e sua família.
No trecho do vídeo compartilhado, Vina Guerreiro faz duras declarações contra Bolsonaro e seus filhos, os chamando de "câncer na sociedade" e "lixo". Ele afirma: “Não tem mais como aceitar um bosta como o Bolsonaro no poder. Esse cara tem que ser ass4ssinado. Ele e a família... Os políticos da família Bolsonaro, para resumir, os quatro: os três filhos bosta e o próprio pai. Eles têm que acabar. Eles têm que m0rrer… Você tem que m0rrer, Bolsonaro”. A repercussão negativa do vídeo fez com que Vina Guerreiro se retratasse publicamente, alegando arrependimento e medo após suas declarações. Ao retomar esse vídeo agora, em meio a investigações contra o ex-presidente, Bolsonaro reacendeu o debate sobre ameaças e discursos de ódio nas redes sociais, especialmente quando envolvem apelos à violência política.
A decisão de Bolsonaro de compartilhar o vídeo, sem adicionar qualquer comentário, aconteceu pouco mais de 24 horas após a operação da PF, que investiga planos de assassinato envolvendo figuras políticas importantes, incluindo o próprio ex-presidente. Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou oficialmente sobre as novas acusações da PF, mantendo silêncio sobre os desdobramentos da investigação. Sua postagem pode ser vista como uma resposta indireta à operação, sem, no entanto, um posicionamento claro sobre as acusações. O episódio aumentou ainda mais a polarização política, gerando novas divisões entre opositores e apoiadores do ex-presidente, que discutem o real significado e a intenção por trás de sua postagem. Enquanto isso, a PF continua a investigar as alegações de envolvimento de Bolsonaro em tentativas de desestabilizar o processo democrático e ameaçar a segurança de figuras públicas.
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