O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em uma entrevista nesta quinta-feira (28), que não descartaria a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada estrangeira caso fosse alvo de uma ordem de prisão considerada injusta. Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal por sua alegada participação em uma tentativa de golpe de Estado, declarou que, se estivesse envolvido em qualquer atividade ilegal, já teria deixado o Brasil e se encontraria nos Estados Unidos. Sua fala ocorre em um momento de crescente tensão política no país, com o ex-presidente sendo investigado por ações após as eleições de 2022, quando contestou o resultado das urnas e tentou desacreditar o processo eleitoral.
O ex-mandatário, alvo de diversos inquéritos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sugeriu que, se necessário, recorrerá ao abrigo de uma embaixada para evitar o que considera uma possível perseguição política. Essa declaração foi vista como uma resposta à crescente pressão sobre ele e seus aliados, que continuam a questionar a legitimidade das eleições e os atos do governo Lula. Com um discurso de resistência, Bolsonaro indicou que, caso se veja ameaçado por uma prisão, poderá buscar proteção internacional, lembrando situações semelhantes de outros políticos na história.
Esse tipo de declaração intensifica a polarização política no Brasil, com defensores e críticos de Bolsonaro reforçando suas respectivas visões. Para seus apoiadores, a ideia de uma "prisão arbitrária" alimenta a narrativa de que há uma perseguição contra figuras que se opõem ao governo atual. Por outro lado, opositores veem essa postura como uma tentativa de Bolsonaro de escapar das responsabilidades legais e evitar as investigações sobre sua conduta no cargo. O cenário político permanece tenso, com as investigações ainda em andamento, enquanto o ex-presidente continua a questionar as ações do governo Lula e do STF, mantendo seu discurso de resistência.
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