Em um discurso inflamado durante uma audiência pública no Senado, a deputada Adriana Ventura (PL-SP) acusou membros da cúpula dos três poderes do Brasil de estarem envolvidos em um "conluio do mal", em que se protegem mutuamente para garantir a manutenção do que ela classificou como uma ditadura. A audiência, que tinha como objetivo discutir a situação dos chamados “presos políticos” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o cenário escolhido por Ventura para expressar seu descontentamento com a atuação das instituições. A parlamentar fez duras críticas ao Senado, acusando-o de falhar em seu dever constitucional de se posicionar contra abusos cometidos contra cidadãos brasileiros, e descreveu a situação como um pacto de silêncio, vergonha, covardia e até mesmo de "bandidagem" entre os poderes.
A deputada iniciou sua fala destacando a vergonha que, em sua visão, o Senado tem imposto ao povo brasileiro ao se omitir diante de graves violações dos direitos humanos. Para ela, a audiência deveria ser um momento para debater a situação de cidadãos que têm sido vítimas de abusos, como no caso de prisões arbitrárias e sem o devido processo legal. Ventura citou o exemplo de Clezão, que morreu na prisão porque o ministro Alexandre de Moraes não teria se dado ao trabalho de ler o pedido de soltura, e também mencionou Marco Alexandre Machado de Araújo, que permanece detido há meses sem uma acusação formal. A deputada argumentou que esses casos são sintomas de uma realidade marcada por violências constantes e pela omissão de quem deveria proteger os direitos dos cidadãos.
Em seu pronunciamento, Adriana Ventura criticou severamente a postura do STF e, especialmente, a conduta de Alexandre de Moraes. A deputada pediu que o chamado "conluio do mal" fosse interrompido, afirmando que as instituições do sistema de justiça e do poder público estavam se unindo para proteger os responsáveis por essas violências, o que, para ela, contribui para o fortalecimento de um regime autoritário no Brasil. Ventura destacou que esse comportamento precisa ser combatido de maneira urgente, pois, segundo ela, a omissão do governo e das demais autoridades só alimenta práticas antidemocráticas e arbitrariedades no país. O discurso gerou grande repercussão, exacerbando as divisões políticas e a polarização crescente no Brasil, com a oposição mais disposta a confrontar as instituições e questionar as ações que considera ilegais e injustas.
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