O deputado federal Marcel Van Hattem (PP-RS) foi indiciado pela Polícia Federal em um inquérito sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter feito acusações na tribuna da Câmara dos Deputados contra o delegado responsável pelos inquéritos políticos conduzidos por Moraes. Van Hattem alegou que o delegado agia de maneira irregular em seu trabalho e criticou o uso de recursos públicos para perseguir opositores do governo. O deputado fez suas denúncias em um discurso na Câmara, questionando a imparcialidade do delegado e sugerindo que ele estaria conduzindo investigações de forma tendenciosa, especialmente em casos envolvendo figuras políticas contrárias ao governo.
O indiciamento de Van Hattem provocou uma reação veemente do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que, em pronunciamento no Senado, acusou a Polícia Federal e o sistema judiciário de estarem sendo usados para perseguir e intimidar adversários políticos. Girão reproduziu o áudio do discurso do deputado e afirmou que a ação contra ele tinha o intuito de calá-lo, o que considerou uma violação da liberdade de expressão e um ataque à democracia. O senador criticou o que chamou de uma "falsa democracia" no Brasil e acusou o governo de tentar silenciar aqueles que se opõem ao regime atual. Para Girão, o episódio ilustra um comportamento autoritário do governo, que utiliza o poder para reprimir dissidentes.
Além disso, o senador mencionou o caso do jornalista Glenn Greenwald, que havia divulgado conversas comprometedores de membros do gabinete de Moraes, e afirmou que Greenwald possuía mais informações sobre o caso, mas não havia publicado nada mais após as primeiras revelações. Girão observou que, após as denúncias de Greenwald, as matérias sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as atitudes de Moraes foram interrompidas, sugerindo que isso poderia ser uma tentativa de encobrir a verdade e proteger figuras do governo. "Querem tapar o sol com a peneira, mas a verdade sempre vence", disse Girão, criticando o que considerou ser uma tentativa de manipulação da informação e censura à liberdade de imprensa. O episódio gerou um intenso debate sobre o equilíbrio entre os poderes no Brasil e os limites da liberdade de expressão, com críticos do governo acusando o uso de mecanismos legais e políticos para silenciar opositores.
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