A perspectiva de uma possível reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2024 tem gerado preocupações em diversas partes do mundo, especialmente na China. Durante seu primeiro mandato, Trump foi uma figura polêmica nas relações entre os dois países, adotando uma postura agressiva que resultou em tensões comerciais e políticas. Caso volte ao poder, ele poderá representar um novo desafio para o governo de Xi Jinping, com o risco de intensificação dessas disputas, o que geraria impactos significativos nas esferas econômica e diplomática. Em razão disso, o governo chinês tem se preparado para os possíveis cenários adversos que uma presidência de Trump poderia trazer, incluindo desafios relacionados ao comércio e à segurança global.
Como forma de se proteger da instabilidade que poderia ser causada por uma nova administração Trump, o governo chinês anunciou um pacote fiscal de US$ 1,4 trilhão com o objetivo de impulsionar sua economia interna. A medida visa fortalecer a economia local e atenuar os impactos de uma possível intensificação das tensões com os Estados Unidos. O pacote inclui investimentos em infraestrutura, apoio a pequenas e médias empresas e incentivos ao consumo, visando aumentar a demanda interna e dar um impulso a setores estratégicos da economia chinesa. Diante de uma desaceleração econômica interna e desafios demográficos, como o envelhecimento da população, o governo chinês busca se preparar para eventuais turbulências e fortalecer sua posição econômica sem depender exclusivamente de relações externas.
A relação entre Estados Unidos e China é um dos pilares da economia global, e as incertezas sobre o futuro dessa relação aumentam com a possibilidade de Trump voltar à presidência. Durante seu mandato, Trump impôs tarifas comerciais e criticou duramente as políticas econômicas da China, o que gerou uma guerra comercial que afetou ambos os países. Se reeleito, ele pode reviver ou até intensificar esses conflitos, especialmente em questões sensíveis como o comércio, a tecnologia e as disputas geopolíticas envolvendo Taiwan e o Mar do Sul da China. Antevendo esses desafios, o governo de Xi Jinping está adotando medidas para fortalecer a economia chinesa e reduzir a dependência das relações externas, garantindo maior resiliência em caso de novos confrontos com os Estados Unidos.
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