No último domingo (24), Yamandú Orsi, do partido de esquerda Frente Ampla, foi eleito presidente do Uruguai, conquistando mais de 49% dos votos. Orsi, que é professor e ex-governador de Canelones, o segundo maior departamento do país, venceu em uma eleição bastante disputada, com o apoio de figuras de peso como o ex-presidente José Mujica. Sua vitória marca o retorno da esquerda ao poder, após o governo de Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, que adotou uma agenda de centro-direita nos últimos anos. Orsi se posicionou como crítico do governo Lacalle Pou e, durante sua campanha, prometeu continuar com políticas sociais focadas nos mais vulneráveis, ao mesmo tempo em que buscou atrair eleitores insatisfeitos com a administração atual.
A eleição de Orsi gerou uma reação negativa em diversos países, especialmente entre os setores de direita. A vitória de um representante da esquerda, aliado de José Mujica, gerou apreensão entre aqueles que temem o avanço de ideologias progressistas na América Latina, em um período de crescente polarização política. A direita mundial expressou desapontamento com o resultado, temendo que isso possa trazer mudanças nas políticas econômicas e sociais do Uruguai. A oposição interna também reagiu com insatisfação, apontando que a volta da esquerda ao poder poderia significar a retomada de medidas econômicas e sociais mais intervencionistas, o que poderia prejudicar a estabilidade fiscal e a competitividade do país.
Para os apoiadores de Orsi, no entanto, sua eleição representa uma oportunidade de reverter algumas das políticas do governo Lacalle Pou, que recebeu críticas pela gestão econômica e pelos altos índices de desigualdade social. Orsi, por sua vez, tem afirmado que seu governo será mais inclusivo, com foco em fortalecer as políticas públicas e garantir direitos para as camadas mais pobres da população. Sua vitória é vista como um retorno às raízes do Frente Ampla, partido que governou o Uruguai por mais de 15 anos antes da ascensão de Lacalle Pou.
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