O Partido dos Trabalhadores (PT), em conjunto com outras legendas da base aliada, divulgou um manifesto nesta quarta-feira (13) criticando os cortes de gastos propostos pelo Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. O documento expressa a preocupação de vários partidos em relação ao impacto dessas medidas nas áreas sociais e em programas que atendem a população mais vulnerável. Segundo o manifesto, as medidas em discussão afetariam diretamente setores como saúde, educação, seguro-desemprego e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). No entanto, o governo ainda não detalhou como será feita a revisão das despesas, o que tem gerado incerteza tanto no Congresso quanto na sociedade.
O manifesto alerta para os efeitos negativos que os cortes podem ter sobre os direitos sociais, especialmente os ajustes em programas como o salário mínimo, aposentadorias e o BPC, considerados conquistas históricas dos trabalhadores. O texto critica duramente a possibilidade de limitações em benefícios essenciais, que, segundo os partidos, afetariam a sobrevivência de milhões de brasileiros. “Agora querem cortar na carne da maioria do povo, avançando com seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário mínimo e a sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, o seguro-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS, os pisos constitucionais da saúde e da educação”, diz o manifesto, refletindo a preocupação com um possível retrocesso em direitos arduamente conquistados.
A proposta de cortes tem gerado divisões dentro da base governista, com líderes do PT e outros aliados criticando a tentativa de reduzir gastos em áreas essenciais como saúde e educação, pilares do Estado de bem-estar social. A principal crítica é de que o governo estaria priorizando o ajuste fiscal em detrimento de políticas públicas voltadas ao atendimento das necessidades da população. Embora o ministro Fernando Haddad defenda os cortes como necessários para garantir a saúde fiscal do país, a resistência de partidos como o PT mostra que o debate sobre os cortes ainda está longe de ser resolvido. Com a pressão interna aumentando, o governo terá que equilibrar a necessidade de ajustes econômicos com a preservação dos direitos sociais, evitando um desgaste maior com sua base política e social.
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