A autorização do ministro Alexandre de Moraes para a realização da Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (19), tem gerado uma série de críticas e controvérsias. O motivo das críticas está no fato de o próprio Moraes ter mencionado seu nome 44 vezes no despacho judicial relacionado à operação, que resultou na prisão de policiais militares e um agente federal acusados de planejar um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro. O fato de o nome de Moraes ser citado repetidamente gerou questionamentos sobre a imparcialidade do processo, pois ele é simultaneamente juiz e uma das vítimas envolvidas na investigação.
A polêmica em torno de Moraes não é recente. Ela remonta a uma reportagem da *Folha de S.Paulo* publicada meses atrás, que revelou conversas de ex-assessores do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As mensagens indicavam que Moraes teria ultrapassado os limites de sua função ao conduzir o "inquérito das Fake News", assumindo responsabilidades que tradicionalmente seriam da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Esse episódio levantou suspeitas de que o ministro teria usado sua posição no TSE para executar ações que, em um processo convencional, deveriam ser realizadas por outros órgãos, como a polícia e o Ministério Público. A falta de adesão ao processo regular e a centralização de ações em um único poder geraram críticas quanto à autonomia do Judiciário e alimentaram o debate sobre a concentração de poder nas mãos de Moraes.
Além disso, o mesmo jornal trouxe à tona alegações de que Moraes usou sua influência no TSE para monitorar e elaborar relatórios sobre críticos do seu trabalho, reforçando a ideia de que ele estaria abusando de sua autoridade para perseguir opositores. A situação se agravou com o episódio envolvendo Elon Musk e a plataforma X (anteriormente Twitter), quando Moraes intensificou suas ações contra a rede social após a recusa de Musk em moderar conteúdos que o afetavam. Essas atitudes alimentaram preocupações sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação do Judiciário. Em conjunto com os outros episódios, a figura de Moraes tem sido constantemente questionada, principalmente em relação à separação de poderes, à imparcialidade do Judiciário e ao respeito aos direitos constitucionais. A polêmica segue repercutindo, com a população atenta às decisões de um dos ministros mais influentes do Supremo Tribunal Federal.
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