VÍDEO: PACHECO “ATROPELA” MAIORIA DO SENADO E ENGAVETA DOCUMENTO ASSINADO POR MAIS DE 40 SENADORES

VÍDEO: PACHECO “ATROPELA” MAIORIA DO SENADO E ENGAVETA DOCUMENTO ASSINADO POR MAIS DE 40 SENADORES

O ambiente no Senado Federal ficou tenso em uma recente sessão plenária, quando o senador Marcos do Val (Podemos-ES) solicitou urgência na votação de um requerimento apresentado por seu colega Rodrigo Cunha (União-AL). O requerimento já contava com o apoio de 42 senadores, ou seja, tinha o respaldo da maioria da Casa. O objetivo do requerimento era a revogação de liminares emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, de acordo com Marcos do Val, violam a Constituição e os direitos dos parlamentares. Apesar do apoio expressivo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), optou por enviar o pedido para outros órgãos da Casa, como a Advocacia do Senado, para a elaboração de pareceres técnicos, o que gerou frustração e críticas entre os senadores.


Indignado com a atitude do presidente, Marcos do Val fez duras críticas, acusando Pacheco de desconsiderar a vontade da maioria dos parlamentares que haviam assinado o requerimento. O senador explicou que o documento pedia apenas uma ação para derrubar as liminares, que ele considera ilegais e inconstitucionais, especialmente as que impuseram medidas cautelares abusivas contra senadores. Ele enfatizou que, com o apoio de 42 assinaturas, o requerimento representava a posição da maioria no Senado e não poderia ser ignorado. Marcos do Val acusou o presidente do Senado de desrespeitar o Parlamento e de tentar enfraquecer a força da maioria dos parlamentares, o que, segundo ele, prejudica a confiança na Casa Legislativa.


Por outro lado, Rodrigo Pacheco defendeu sua decisão, argumentando que o requerimento seria analisado pelos órgãos competentes, como a Advocacia do Senado, para elaborar os pareceres necessários. Pacheco não citou nenhum dispositivo legal específico que justificasse essa abordagem, mas afirmou que o assunto deveria ser encaminhado à Mesa Diretora do Senado, da qual ele tem controle. Esse movimento causou insatisfação, especialmente entre os senadores que apoiaram o requerimento, que viram a ação de Pacheco como uma tentativa de adiar a votação e, possivelmente, barrar a iniciativa. O episódio intensificou a divisão política dentro do Senado, com Marcos do Val qualificando a atitude de Pacheco como um "atropelo" à vontade da maioria, o que gerou um clima de crescente desconfiança quanto à independência das instituições e à eficácia das decisões legislativas no Brasil.

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