VÍDEO: PARLAMENTARES LULISTAS PLANEJAM VETAR MILITARES NA POLÍTICA

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Nos corredores do Congresso Nacional, a base aliada ao governo tem intensificado as conversas sobre a atuação dos militares na política, com ênfase na elaboração de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que proíbe membros das Forças Armadas de se candidatar a cargos eletivos. A proposta surge em um contexto de crescente polarização política, no qual alguns parlamentares temem que a participação militar em esferas de poder possa abrir caminho para intervenções nas decisões democráticas. Esse movimento está alinhado a discussões sobre o recente episódio envolvendo um suposto golpe de Estado, que despertou preocupações quanto à influência das Forças Armadas nos processos eleitorais e governamentais.


A PEC em questão visa barrar a candidatura de militares, tanto da ativa quanto da reserva, a cargos como presidente, governador ou parlamentar. Paralelamente, outra proposta busca revisar o artigo 142 da Constituição, que atualmente atribui aos militares a função de "Garantia da Lei e da Ordem" e lhes confere um papel de moderadores em momentos de crise política. A intenção da revisão, segundo os apoiadores da medida, é reduzir o poder político dos militares e reforçar as instituições democráticas, garantindo a separação dos poderes e evitando a interferência das Forças Armadas em questões políticas.


No entanto, essa proposta tem gerado controvérsias e sido alvo de críticas. Parlamentares de diferentes correntes ideológicas, especialmente os alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos setores militares, consideram a medida uma tentativa de enfraquecer a autonomia das Forças Armadas e diminuir sua relevância política. Para esses críticos, a restrição à candidatura de militares e a revisão do papel constitucional das Forças Armadas poderiam levar a uma crise institucional, uma vez que a presença militar tem sido historicamente vista como um elemento de estabilidade em períodos de turbulência política. Dessa forma, o debate sobre o envolvimento dos militares na política continua a gerar fortes reações dentro e fora do Congresso, com repercussões que vão além da simples disputa eleitoral.

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