Na tarde de segunda-feira (4/11), um grupo de manifestantes entrou em confronto com policiais militares em frente à B3, no centro de São Paulo, pouco antes do início do leilão referente ao segundo lote do programa PPP Novas Escolas. A manifestação contou com a presença de militantes dos partidos PT e PSOL, além de estudantes e trabalhadores ligados a movimentos socialistas, todos críticos à parceria público-privada proposta pelo governo. O confronto teve início quando os manifestantes derrubaram uma grade de proteção, o que levou os policiais a responderem com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. O protesto visava contestar a concessão das escolas estaduais para a iniciativa privada, acusando o projeto de comprometer a qualidade do ensino e prejudicar os interesses da população.
Este leilão faz parte da segunda fase da PPP Novas Escolas, um programa que prevê a construção e a gestão de 16 novas escolas na região leste de São Paulo, por meio de concessões à iniciativa privada, com um valor estimado de R$ 1,05 bilhão. O governo estadual defende o projeto, alegando que ele permitirá a criação de 476 salas de aula e 17.680 novas vagas para alunos da rede estadual, além de promover a modernização das instalações. No entanto, os críticos argumentam que a privatização das escolas representa um retrocesso, transferindo a responsabilidade do Estado para empresas privadas e ameaçando o caráter público e gratuito da educação.
O deputado estadual Leo Siqueira, do partido Novo, também esteve presente no local e teve um breve embate com os manifestantes, sendo alvo de garrafas de água jogadas em sua direção devido ao seu apoio à concessão das escolas para a iniciativa privada. Apesar das tensões, o leilão seguiu adiante, sendo revalidado após uma decisão judicial que havia suspendido a primeira tentativa. O governo paulista espera que a parceria contribua para a melhoria da infraestrutura das escolas, sem impactar a qualidade do ensino, que seguirá sendo responsabilidade da Secretaria da Educação. No entanto, a oposição continua questionando a viabilidade do projeto e alertando para os riscos de enfraquecer o sistema público de educação.
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