A TV Globo gerou um grande burburinho ao revelar que, entre 2023 e 2024, recebeu mais de R$ 177 milhões em verbas publicitárias do governo federal, o que gerou uma série de críticas sobre a relação entre o poder público e as empresas de mídia. De janeiro a outubro deste ano, a emissora recebeu mais de 53% dos recursos destinados à publicidade federal, superando o valor total recebido por 17 outras redes de televisão. Esse montante, pago pela Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula, já ultrapassou o total que a Globo recebeu durante toda a administração de Jair Bolsonaro (2019-2022), o que levanta questões sobre as implicações políticas e éticas desse tipo de investimento em uma das maiores redes de mídia do Brasil.
A revelação dos valores destinados à emissora gerou um intenso debate sobre a concentração de recursos na mídia tradicional e o papel do governo na comunicação com a população. A TV Globo, com sua enorme audiência e influência nacional, tornou-se o maior beneficiário da publicidade institucional e das campanhas governamentais. Esse cenário tem sido criticado por especialistas e opositores, que questionam a imparcialidade de veículos de comunicação que recebem grandes somas de dinheiro público. Para muitos, essa concentração de recursos reflete uma relação estreita entre grandes empresas de mídia e o poder estatal, o que pode comprometer a ética jornalística e a liberdade de imprensa. Em um contexto de polarização política, esse direcionamento de verbas à emissora levanta suspeitas sobre a imparcialidade de sua cobertura e sobre o impacto que isso pode ter na forma como a população percebe o governo.
Por outro lado, defensores dessa prática argumentam que os gastos com publicidade pública são necessários para garantir que a população seja bem informada sobre as políticas e ações do governo. A Secom, responsável pela distribuição desses recursos, justifica os investimentos como uma forma de promover programas governamentais em nível nacional, alcançando um público amplo. A questão, portanto, não diz respeito apenas aos valores recebidos, mas também à escolha dos meios de comunicação utilizados para transmitir essas mensagens e ao impacto dessa escolha na percepção pública sobre a gestão. Em meio ao crescente poder das redes sociais, a tradicional dependência de canais como a TV Globo coloca em questão o futuro da comunicação pública no Brasil e o papel das novas plataformas digitais na disseminação das informações do governo.
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