A defesa de Felipe Martins, ex-assessor da presidência da República, apontou uma nova contradição por parte da Polícia Federal no contexto da operação *Tempos Verites*, deflagrada em fevereiro deste ano. Segundo os advogados de Martins, um documento apreendido durante a operação poderia inocentá-lo de todas as acusações feitas pela corporação. Trata-se de um discurso elaborado por Martins em 31 de outubro de 2022, dirigido ao então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a defesa, o conteúdo do texto, embora contivesse críticas ao novo governo, não colocava em dúvida o resultado das eleições, mas afirmava que, mesmo considerando a eleição ilegítima, ele não contestaria os resultados. No discurso, Martins expressava seu compromisso com o país, colocando seu amor pela nação acima das disputas políticas, e reforçava sua postura contra um governo que considerava moralmente incapaz de governar.
Confira detalhes no vídeo:
A situação gerou polêmica, pois, segundo os advogados de Martins, o conteúdo do discurso foi omitido no relatório final que indiciou o ex-assessor. A defesa questiona a imparcialidade da Polícia Federal ao destacar, em nota à revista *Oeste*, que a corporação teria excluído um documento que poderia ter comprovado a inocência de Martins. "Isso levanta uma questão seríssima: estaria a PF selecionando provas de forma parcial, omitindo documentos que inocentam o investigado enquanto move acusações sem fundamentos sólidos?", questionaram os advogados. O discurso, que foi apreendido junto a outros materiais durante a operação, foi considerado pelos defensores uma prova crucial que poderia esclarecer o contexto das ações de Martins e sua postura política após as eleições de 2022.
O caso gerou discussões sobre a condução da investigação e a forma como as provas estão sendo tratadas pela Polícia Federal. A acusação de seletividade nas investigações aumenta a pressão sobre a corporação, que já enfrenta críticas por sua atuação em outros momentos da operação. A defesa de Martins, ao levantar esse ponto, busca reverter as acusações que pesam contra o ex-assessor, argumentando que ele não participou de qualquer ato que atentasse contra a democracia ou que questionasse os resultados das eleições de forma ilícita. A controvérsia agora gira em torno da possível omissão de provas que poderiam beneficiar o investigado, o que pode ter implicações significativas para a continuidade da operação e para a credibilidade das investigações em curso.
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